Meninos também deviam brincar de boneca.
Pelo menos aqueles com vocação para uma paternidade participativa. Apesar de toda adaptação adquirida, pós-natal, ainda me considero um tanto o quanto inapto à lida com bebês.
Preconceitos à parte, o aprendizado é árduo. Nenhum moleque teve experiência com o embalar, com fazer naninha, dar banho em boneca.
A maioria das meninas pôde fazê-lo. Criar no imaginário as situações de acolher a cria. Quais seriam as conversas com a nova chegada, quais os trejeitos e maneiras para "brincar" com uma criancinha, ou como uma.
Está certo que a tal geração dos games produz diversas meninas não muito afeitas à brincadeira de bonecas. Terminam até mais masculinizadas, ou andróginas, sem o enfeite do feminino. Um pouco de polarização é saudável! Uma pena... Perdem um grande aprendizado, mesmo distante de estereótipos.
Outra vantagem do exercício em época tão jovem é o lado lúdico. Exercitam-se estas técnicas sem a tecnicidade da vida adulta. Os cuidados e preocupações simulados fluem naturalmente, por influência social ou instintiva, tanto faz.
Na natureza, ursinhos digladiam entre si para exercitar seus futuros combates. Lobinhos vão a caça de pequenos animais e assim descobrem as melhores maneiras de fazê-lo. Já faz tempo a espécie humana dispensa a luta física e a caça para sobreviver...
Se vamos assumir novas funções, em algum momento teremos que alterar nosso desenvolvimento. Pode ser feito com adaptações, com definições de papéis (traduzam, para os desagradados, como "sem frescura"), mas tornará a vida muito mais fácil.
Para os "já crescidos" não há remédio. Temos apenas que encarar, na marra! Um esforço aqui, um pouco de inspiração ali, e vamos ganhando o jeitão. Da minha parte, encerro por aqui, pois minha bonequinha aguarda minha atenção.
Pelo menos aqueles com vocação para uma paternidade participativa. Apesar de toda adaptação adquirida, pós-natal, ainda me considero um tanto o quanto inapto à lida com bebês.
Preconceitos à parte, o aprendizado é árduo. Nenhum moleque teve experiência com o embalar, com fazer naninha, dar banho em boneca.
A maioria das meninas pôde fazê-lo. Criar no imaginário as situações de acolher a cria. Quais seriam as conversas com a nova chegada, quais os trejeitos e maneiras para "brincar" com uma criancinha, ou como uma.
Está certo que a tal geração dos games produz diversas meninas não muito afeitas à brincadeira de bonecas. Terminam até mais masculinizadas, ou andróginas, sem o enfeite do feminino. Um pouco de polarização é saudável! Uma pena... Perdem um grande aprendizado, mesmo distante de estereótipos.
Outra vantagem do exercício em época tão jovem é o lado lúdico. Exercitam-se estas técnicas sem a tecnicidade da vida adulta. Os cuidados e preocupações simulados fluem naturalmente, por influência social ou instintiva, tanto faz.
Na natureza, ursinhos digladiam entre si para exercitar seus futuros combates. Lobinhos vão a caça de pequenos animais e assim descobrem as melhores maneiras de fazê-lo. Já faz tempo a espécie humana dispensa a luta física e a caça para sobreviver...
Se vamos assumir novas funções, em algum momento teremos que alterar nosso desenvolvimento. Pode ser feito com adaptações, com definições de papéis (traduzam, para os desagradados, como "sem frescura"), mas tornará a vida muito mais fácil.
Para os "já crescidos" não há remédio. Temos apenas que encarar, na marra! Um esforço aqui, um pouco de inspiração ali, e vamos ganhando o jeitão. Da minha parte, encerro por aqui, pois minha bonequinha aguarda minha atenção.