terça-feira, 31 de julho de 2007

Mano

Há algum tempo, uma amiga me contou uma cena cotidiana ilustrativa. Ao entrar em uma lotação lotada (redundante, não?), a distinta cobradora pediu ao pessoal, um tanto quanto já apertado, com a costumeira delicadeza esperada: "Aí, mano! Vamu agiliza a catraca?"

As novas formas de expressão são bem-vindas em qualquer idioma, são sempre novas influências culturais, enriquecedoras em seus sentidos e conotações. Necessariamente nem todas têm esse efeito...

A idéia de tratarmos todos como irmãos é excelente, poderia até mesmo provocar uma mudança comportamental nas pessoas, fazê-las realmente enxergar ao outro como alguém bem mais próximo.

Infelizmente, na maioria das vezes presenciei a utilização da expressão 'mano' em situação nem de longe associadas a irmanação. Aconteceu na rua, no futebol, no trânsito, no Metrô, certamente provocando a indisposição das pessoas com quem se expressa dessa maneira.

Não sei ao certo se é uma questão de educação, formal ou familiar, mas poderíamos ter uma situação melhor em todos os sentidos. Bom, talvez mais do que pelas palavras, através das expressões e situações mostramos quem somos...

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Baixas

Muitas foram as baixas nos últimos dias: das bolsas, das temperaturas. Porém minha preocupação não ficou voltada a elas nos últimos dias...

Permiti-me certo individualismo quando reparei a baixa de audiência do blog nos últimos dias. A bem da verdade, a completa inexistência de acesso. Em todo o meu período de postagens isso nunca ocorreu, nem nos primeiros dias.

É engraçado se perceber nessa situação. É um 'inverno', uma nevasca na vida do blog, daquelas onde nenhum ser vivo se arrisca aventurar. Muitos temas discorridos vêem à tona, de aceitação a necessidade, de fragilidade a realidade.

A experiência é única, algo como conversar no deserto, em uma caminhada solitária.

Por outro lado, pode ser apenas efeito do frio e das bolsas do último dia. É completamente compreensível o desânimo das pessoas em fazer qualquer coisa nessas situações, inclusive acessar a Internet.

Preciso confessar que até mesmo eu cai nesse desânimo, estava muito frio para ficar sentado em frente ao micro e acabei ausente nos últimos dias... :)

domingo, 29 de julho de 2007

Comunitário

Já notaram que o pão e o vinho são alimentos feitos de muitos por muitos?

Para o pão são necessário muitos grãos de trigo, feitos farinha, que por sua vez também é composta por muitos grãos. Então, agem sobre eles muitos fungos, para transformá-los e produzir a massa a assar.

No vinho não é diferente, de muitas uvas é extraído o suco, consumido por muitos fungos, dessa forma fermentado e transformado no produto final.

Além dos componentes, com todos os seus 'muitos', são necessárias muitas pessoas para a produção dos ingredientes básicos e, posteriormente, para o seu processamento cotidiano, como estamos acostumados a ter acesso.

Nada mais adequado para receber tantas simbologias comunitárias e ser celebrado, e até cultuado, por tanto tempo e em tantos lugares.

Deviamos fazer mais pão e vinho, além de consumí-los, é claro...

sábado, 28 de julho de 2007

Sinceridade

Qual o limite para a sinceridade?

O desejo da sinceridade é presente em nossos corações, mas até quanto a queremos? Gostamos igualmente de certo "confete" e este não deixa de ser necessário para nos agradar.

De certa forma, parece ser difícil encarar a nós mesmos, em nossa totalidade, sem véus, com todos os nossos qualidades e defeitos. Até não acredito ser necessário desse jeito...

Uma discussão a respeito do assunto é feita no filme Closer, justamente pontuando certa insanidade na busca pela transparência total. Essa busca nos leva a uma proximidade invasora, onde misturamos o eu com o outro e perdemos o foco, a visão com a distância certa, essencial para o bom senso em uma relação.

Talvez o incômodo esteja na forma, na maneira como nossa face nos é revelada. Em princípio, com o devido cuidado e respeito, conseguiremos ser apresentados ao nosso próprio eu.

Se na relação com o outro já defrontamos tantos senões, como lidar com a sinceridade consigo mesmo?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Volatilidade

O investimento no mercado de capitais pode ser encarado por duas perspectivas.

Podemos nos imaginar como sócios das empresas, investindo nosso capital nelas e contribuindo para seu suporte, sendo certa forma de contribuição com a própria economia do país. Seremos empreendedores! Ou no mínimo patrocinadores de empreendedores...

Outra abordagem é do aproveitamento de oportunidades financeiras, com a compra de papéis desvalorizados, possivelmente promissores, e sua posterior venda com lucro, de acordo com seu desempenho no mercado. Estaremos especulando! Ou no mínimo aproveitando o momento ruim de alguns...

A virada do mercado nos últimos dias, após um longo período de bonanças, me parece mais associado a segunda perspectiva. Estou longe de ser um analista financeiro do mercado, mas os próprios analistas especializados não vêem problemas nas empresas para justificar tal desvalorização.

Tudo parece ocorrer por possíveis movimentos da economia americana, fazendo os 'investidores' moverem seu capital para onde o retorno é mais interessante e garantido.

Capital (dinheiro) não é criado, nem consumido espontaneamente. Se falta no bolso de alguém, sobrou nos bolso de outro alguém e não no bolso de ninguém. Não deixa de ser uma lei de Lavoisier para a área financeira.

Qual será a melhor lógica para o crescimento da economia mundial? Sempre existirá o jogo de perde e ganha, através de especulação e não de mérito? Quais são as bases morais lançadas por estes mecanismos? A tão mencionada volatilidade é de princípios?

quinta-feira, 26 de julho de 2007

E-móvel

Realizei um grande sonho, compartilhado por muitos brasileiros: comprei minha casa própria!

É uma casa espaçosa, com muitos quartos, área de lazer e muito conforto. Também está bem decorada e, espero, com muito bom gosto.

O único problema é que eu não lembro exatamente em qual ilha ela está. Ah, sim, meu primeiro imóvel foi adquirido no Second Life, digamos tratar-se mais de um e-móvel (ou seria e-imóvel?). :) Pois é, como é simples e fácil realizar um sonho naquele lugar!

O mundo virtual revela mais da psicologia atual do que poderíamos imaginar. Passear pelo Second Life nos dá uma pequena idéia do fascínio exercido por essa tão nova novidade. Não sei se é um pouco adolescente esta mania, mas a quantidade de pessoas passeando por lá causa certo impacto.

São milhões de pessoas, acomodadas em seus lares (os reais), conectadas e vivendo virtualmente. Fica uma sensação de fuga em massa... Da troca de uma realidade bem real, com todas as dificuldades e belezas da natureza concreta, por um mundo controlável e previsível, sem grandes riscos, com soluções de conflitos ao alcance de um simples login ou logout.

Já se pode comparar esse mundo virtual a uma nação, com moeda, economia e governo, em crescente expansão e com uma gama de possibilidades consideravelmente grande. Possivelmente não será muito efêmera, pois muitas empresas começam a utilizá-lo comercialmente.

Na balança do real e do virtual, precisamos é de equilíbrio. O ser humano se expressa da mais diversas maneiras e cada nova expressão enriquece nossa vida. Devemos apenas não nos encantar com nossas maravilhas criadas, a ponto de nos fundirmos a elas e perdemos a visão crítica de nosso caminho, correndo o risco de ficarmos, de certa forma, 'e-móveis'.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Supercalifragilisticexpialidocious

As idéias presentes na teoria da evolução memética, proposta por Richard Dawkins, muitas vezes nos deixam supresos, ou em dúvida, quanto as possibilidades aventadas.

Como outras tantas teorias, em meio ao seus memes, ficamos a busca de algum sinal de factualidade, algo de apoio no discernimento pela comprovação ou contestação.

Parece-me plausível a evolução das idéias, permeando as mentes humanas através do tempo e se selecionando, tal qual a evolução das espécies.

Muitos desses memes 'grudam em nosso cabeça' no dia-a-dia, sendo comum a dificuldade em nos livrarmos dele. Sabe aquela musiquinha cantada por alguém que depois você não consegue esquecer?

Porém sempre atribui certo peso a familiaridade anterior com tais memes, ou seja, já conhecia a melodia, estava relacionada a alguma memória minha, e dessa forma ela me atingiu mais facilmente.

Nessa semana pude observar um fato novo. Um meme apresentado a alguém, não familiar com ele, apresentou os mesmos efeitos na pessoa. Ela se encantou e passou a reproduzí-lo!

Está certo que se tratava de um clássico... É a cena de Mary Poppins, onde Julie Andrews canta a música Supercalifragilisticexpialidocious. Ao pesquisar mais, verifiquei a quantidade de referências a esta expressão, demonstrando ainda mais a força deste meme (seção "Allusions in popular culture", no artigo).

Pois é, se desejar experimentar, os links estão aí. Só não me venha culpar depois e dizer que não avisei... :)

terça-feira, 24 de julho de 2007

Sol

Nasci em um Domingo e me sinto um pouco filho do sol. Acredito que todos nós somos um pouco...

No final de semana passado, pude dar uma volta pela rua, sob as bençãos de um agradável sol de inverno, mesmo que por um curto intervalo de tempo. Apesar do clima ameno, sua luz esquentava, ligeiramente, quase uma carícia da natureza.

Nossa estrela é o centro de muito da vida em nosso sistema, se não for de quase tudo. Não é à toa que muitas civilizações o colocaram no posto de deus e prestaram suas reverências e homenagens.

Sabemos da sua importância para o equilíbrio da vida do planeta, mas também conhecemos sua influência na destruição, com sua emissões de radiação, caso não tenhamos a devida proteção. Como um deus grego, nos mostra sua face boa e sua face má...

De qualquer forma, independentemente da situação, nada como uma bela manhã de sol, com pássaros em sinfonia e a brisa quente de um novo nascer. Também é incomparável o prazer de um pôr-do-sol, com sua despedida repleta de cores e luzes e um amansar de calores de um dia, um convite ao repouso.

Aliás, por falar nele, estamos sentindo sua falta. Nos últimos dias a água é tanta que corremos o perigo de 'desmanchar'.

Ei, Sol! Não se esqueça de nós! Volte em breve...

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Ser

O domínio do mundo pela da lógica da posse carrega os corações humanos para o individualismo.

Para o violento, 'o que é seu, é meu', portanto ele o subtrai do outro. Do ponto de vista do omisso, 'se não é o meu, não me importo', e este permite a ocorrência do 'incorreto'. Deveríamos ser mais, mesmo dentro da lógica da posse, 'o que é meu, é seu', e assim compartilharmos mais os sabores e dissabores da vida.

A insana busca pela posse só transforma em mais possuidores os de maior posse, e sistematicamente mais despossuídos os com menos acesso a posse.

Disse Jean Baudrillard, sociólogo e filósofo francês: "A pior alienação não consiste em ser despossuído pelo outro, mas em ser despossuído do outro".

O ser humano é um ser social e prescinde de uma saúdavel vida comunitária para sua felicidade. Comunidade não é feita de uns, isolados, mas feita de muitos, individualmente conectados.

A substituição do 'ter' pelo 'ser' pode alterar o panorama, pode solucionar a crise de sociabilização vivida por nós. Precisamos ser mais! Ser mais pais, mais irmãos, mais amigos, ser mais humanos...

domingo, 22 de julho de 2007

Almoço

Almoço de domingo tem o sabor de família!

O principal tempero é o amor familiar. O aroma do dia tem molho de tomate e o calor da fraternidade.

Bebemos sorrisos e abraços, degustamos os mais diversos tipos de alegrias e comemorações. São os nectares do fortalecimento da vida.

A reunião das pessoas amadas é catártica. Os laços são reforçados, a saudade é esquecida e o amor celebrado.

Nunca esquecerei os da minha infância. As brincadeiras de criança em meio aos adultos ocupados. O 'todos à mesa' como grande final (ou grande começo)!

Naqueles momentos todos aprendemos. Todos vivemos dias únicos e especiais, guardados eternamente na alma.

Hoje preservo e procuro reproduzir esse momento. Sempre sonhei em fazê-lo e hoje posso realizá-lo em minha casa, oferecer minha hospitalidade para essa celebração celestial.

Ainda faltam as crianças, para completar essa linda 'pintura'. É so questão de tempo para o meu almoço de domingo ser mais florido do que já é! (Sem falar em ser mais deliciosamente barulhento... :))

sábado, 21 de julho de 2007

Sede

Acredito que faltará... Imagina, o Brasil tem a maior reserva aquífera do mundo!

Reside entre essas duas idéias o grande dilema para preservação dos recursos hídricos do planeta. Uma necessidade eminente e de díficil adesão das pessoas.

É certa a dificuldade da adesão das pessoas na grande maioria das iniciativas ambientais. O problema nas questões da água está em idéias, imagens antigas presentes entre as pessoas e a nítida abundância nas torneiras paulistanas.

Ainda hoje, não é raro encontrar alguém lavando sua calçada com uma mangueira, e sem vassoura! Quais serão as preocupações e noções para essa pessoa? Acaso exisitirão?

Quando ficamos sabendo que a cidade de São Paulo busca água, para seu abastecimento, a mais de 30km de seus limites, percebemos o quanto a situação está agravada.
Basta-nos um pequeno exercício mental para refletirmos da falta da água em nosso cotidiano, principalmente para nós paulistanos. Em nossos banhos, nossas escovadas de dente, nosso saciar a sede...

Em algum momento, sem nenhuma atitude, as reservas atuais não serão mais suficientes e precisaremos buscar mais longe. No mínimo, teremos consequências econômicas.

Precisamos nos adiantar ao problema, se ainda for possível. De alguma forma, as pessoas precisam se conscientizar. Ainda não conhecemos o que é SEDE...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Coleção

As pessoas colecionam de tudo, de tampinha de refrigerante a papel de bala (sem a bala, diga-se de passagem), de pétalas de flores a moedas antigas.

Reproduzem constantemente a capacidade humana de reconhecer padrões e catalogar. Assim começou nossa ciência e assim vamos exercitando nosso 'dom'.

Colecionar exige certa disciplina, organização e paciência. É verdade que nem todos as exercem, mas suas coleções se tornam amontoados de tranqueiras.

Garimpar é importante. Procurar o diferente, a peça rara do conjunto e toda peça deve ter exercido sua função. O livro foi lido, o cd escutado, o refrigerante bebido! Se o objeto não exerceu sua função não tem história, perdeu seu valor.

Talvez haja nesse hábito alguma herança primitiva, cravada em nossos genes. Certos animais também colecionam, mas normalmente têm mais função para suas coletas. Para nós normalmente é apenas diversão!

Experimente, mas se prepare, pois é viciante. Aliás, cuidado com o vício. Eu atualmente coleciono até pedaços de minhas idéias, em meu blog...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Saudade

Saudade é um sentimento tão ingrato que muitos idiomas não possuem palavra única para simbolizá-lo. Nosso idioma a tem, apesar de isso não ajudar lá muita coisa...

Saudade rasga o peito, mas de pouquinho, com pequenos cortes. Vamos resistindo no começo e nos desmanchando ao final...

Saudade revela a falta, ou as muitas faltas. São esses os pedaços cortados. Eles fazem falta. São irrecuperáveis sem o outro.

Saudade tira as forças, desanima. Nem toda saudade é eterna, pena que algumas sejam...

Saudade só se cura de um jeito: ao encontrar quem dela temos! A expectativa parece até intensificar o benefício.

Saudade só tem um lado bom: o reencontro! A reconexão, o preencher novamente. Como por milagre, os pedacinhos vão se ajuntando, nosso coração é reconstituído em um turbilhão! Agradeço por não ser de pouquinho... :)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Rastreio

Notei nos últimos tempos certa obrigatoriedade de instalação de sistemas de rastreamento em carros, quando segurados por grandes companhias de seguro.

Num primeiro instante me parece bem lógico, afinal em caso de roubo é relativamente fácil a localização do veículo, com conseqüente redução do prejuízo, apesar de alguns relatos de conhecidos com problemas nessa operação.

É fato também a não redução dos valores dos seguros, frente a redução obtida com essa nova estratégia.

Ao menos o sistema poderá ser utilizado para melhorar os serviços das seguradoras, com relação ao atendimento em outros aspectos oferecidos. Por exemplo, nos serviços de socorro 24 horas, fica mais fácil localizar o usuário para seu atendimento e evitar problemas de comunicação em situações de emergência.

Por outro lado, as seguradoras podem rastrear os veículos o tempo inteiro e saber exatamente por onde se locomovem em suas regiões. Como é tratado o direito a privacidade? E se os dados forem usados para questionar determinados sinistros frente a região de utilização informada em contrato?

Nenhuma das informações está muito clara, nem foi objetivamente divulgada, apenas foi imposta a instalação sistemática dos sistemas. É melhor ficarmos de 'radar' ligado...

terça-feira, 17 de julho de 2007

Sangue

Como ocorre comumente nos últimos anos, os estoques de sangue dos hemocentros estão baixos nessa época do ano.

A chegada do inverno, o tempo chuvoso, e outras tantas desculpas, parecem espantar as pessoas. São comuns e necessárias as campanhas para incentivo a doação, mas precisam ser contínuas e devem atingir os mais diversos públicos.

Todos nós temos nosso momento de engajamento ou, de preferência, momentos. Hoje farei campanha pela doação. A necessidade é grande e todos podemos contribuir, com a doação e com o incentivo.

Ao lembrar do público da Internet, pensei em uma campanha, onde cada blog poderia fazer um post de incentivo e promoveríamos um movimento entre nossa audiência (sem falar no fato de também podermos doar nosso sangue). Lembram-se do filme 'A Corrente do Bem'?

Doar não dói, é fácil e não traz prejuízo algum, só benefícios. Não há substituto para o sangue humano, então a doação é a única forma de obtê-lo para as mais diversas necessidades médicas.

Há vários hemocentros para doação. Uma das referências é a Fundação Pró-Sangue. Além de fornecerem muita informação (através do site, por exemplo), é possível agendar a doação, para nossa comodidade.

Façamos essa nossa pequena parte! Quem estiver apto, doe sangue. Pessoal dos blogs, passem para frente essa campanha. Esse é o caso onde dar o sangue vale a pena!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Navegadores

No passado, as caravelas singraram os mares, encontraram novos mundos e aumentaram os horizontes de nossa visão do universo. No entanto, seu tempo já se foi...

Vieram os mares da Internet, novos tempos, novos mundos e, com eles, uma nova era de navegadores. Os web browsers trouxeram a possibilidade de viajarmos pelo mundo da grande rede computadores. Muitas descobertas, muito acesso, mas me parece que seu tempo já está indo.

Apesar do domínio do Internet Explorer por muito tempo, e o atual avanço de outras opções, como o Firefox, as últimas versões não apresentam grande inovação na questão de sua função primordial: acessar os sites na Internet.

Grande parte das novidades são relativas a conforto, segurança e personalização. Há até quem considere essas mudança apenas firulas.

Observamos, isso sim, inovação na rede, em colaboração e novos formatos, com o advento de serviços como o Joost e o Second Life. Já notaram que ambos utilizam softwares clientes específicos para seu acesso? Os web browsers já não são suficientes para essas novidades.

Esse esgotamento é natural, algo como o ocorrido com os programas de escritório (editores de texto, planilhas de cálculo, etc.). A evolução os levou ao limite de sua finalidade. E assim caminha humanidade!

Fico ansioso para ver onde essa nova geração irá nos levar...

domingo, 15 de julho de 2007

Próximo

Quem não gostaria de ser o próximo? O próximo ganhador da loteria, o próximo a ser contratado, o próximo contemplado em seu grupo de consórcio.

Mas quem deseja ser o próximo de alguém? Não com o sentido de seguinte, mas o que está mais perto, aquele pronto a apoiar, estender a mão?

Nossa situação social atual, nossa condição, nos afasta do outro, nos insensibiliza ao problema alheio, desune e enfraquece os laços da sociedade humana.

O fato é que a condição humana exige a sociabilização. Sem os outros não somos ninguém, a comunidade nos transforma em força para sobreviver e prosseguir.

Precisamos redescobrir o sentimento da compaixão. Ao nos compadecermos dividimos a dificuldade, tornamos o fardo mais leve e a vida mais 'viva'. Na compaixão nos vemos e nos entendemos mais irmãos.

sábado, 14 de julho de 2007

Controle

Há uns três dias estou sem o controle remoto da TV a cabo. Ocorreu algum problema com ele e, como a instalação em minha casa depende de um decodificador, é necessário levantar para trocar o canal, não adianta o controle remoto da TV.

Inicialmente seria uma ótima! Ao levantar para fazer a alteração dos canais gastaremos mais calorias, não é? Alguém, em algum lugar, já mencionou tal besteira...

Depois de algumas levantadas, começou a ficar muito chato a maratona até a TV e, dessa forma, menos constante o 'zapping'.

Isso foi acontecer logo para mim, um admirador do 'zapping': a liberdade conquistada de mudar de programa quando algum outro nos entedia. O problema é o vício causado, quase um padrão neural de repetição, de não parar.

Daí o melhor resultado de não ter mais o controle: perceber o quanto estava perdendo. Quando precisei ficar mais tempo nos canais, trocar com menos freqüência, pude notar o quanto deixava para trás. Muitas vezes um pouco mais tempo mostraria, ou daria chance de mostrar, a que o programa veio.

Em nosso mundo cheio de superficialidades, com uma agilidade neurótica, não damos tempo, ou não nos aprofundamos o suficiente, para apreciar muitos momentos e situações. Freqüentemente praticamos um 'zapping' na vida.

Vou deixar o controle um tempo sem conserto. Também procurarei deixar um pouco o controle da vida... Que tal às vezes esquecer o controle?

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Paraskavedekatriaphobia

Sexta-feira 13!

Entre tantas fobias, citadas alguns dias atrás, soube de uma nova não listada, a paraskavedekatriaphobia: o medo da sexta-feira 13.

Relacionada à triskaidekaphobia, medo especificamente do número 13, é só mais uma das superstições 'adoradas' pelo ser humano, se é que assim podemos dizer.

Oculta-se em nós um medo do desconhecido, do sobrenatural, do além, muito assemelhado ao pavor de sair da caverna. Esse medo, essa falta de intimidade, gera crenças infundadas.

Mesmo batizada como natureza, nós nem sempre a encaramos com tanta naturalidade. O ser humano se sente desconectado de sua grande-mãe, a ponto de não vê-la como natural.

Muitas vezes arranjamos tantas desculpas, costumeiramente chamadas de superstições, que seria mais fácil e prático não tê-las, ou correríamos o risco de nos transformarmos no personagem Melvin do Jack Nicholson, em 'Melhor É Impossível' (As Good As It Gets).

De qualquer forma, qual a vantagem de facilitar a vida, não é mesmo?

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Galaxy Zoo

Há 8 anos contribuo com o projeto SETI , doando tempo de processamento de meus computadores para realizar o tratamento de dados da pesquisa conduzida pelo instituto, na busca de vida extraterrestre.

Nesse contribuição é utilizado o conceito de computação em grid, onde o pequeno processamento de vários computadores unidos ao redor do mundo produz o equivalente ao processamento de supercomputadores.

Hoje me engajei em mais um novo projeto, o Galaxy Zoo. Este projeto pede a colaboração de pessoas ao redor do mundo para identificar visualmente as características de galáxias fotografadas pela equipe de pesquisadores, permitindo sua posterior catalogação.

O bacana é este trabalho ser melhor realizado por seres humanos do que por programas de computador, sendo assim necessário nosso recrutamento. Após um treinamento básico, e avaliação de sua capacitação para tanto, o inscrito já pode começar a trabalhar.

No caso desse projeto, além da colaboração com pequenas porções de trabalho, há a doação da capacidade humana de reconhecimento de padrões, algo ainda não superado pelas máquinas, formando uma espécie de grid humano.

Mais um exemplo de como a cooperação entre os seres humanos poder gerar grandes resultados. Quantos outros 'grids' desse tipo não poderiam gerar outros bons resultados? Em quais áreas? Que tal se engajar? Fica o convite...

A esperança no futuro reside em alguns pontos, em algumas direções: colaboração, doação, bem comum, etc. Sejam eles na área que forem...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Tecnologia

A tecnologia médica evolui continuamente e nos surpreende com as mais diversas inovações. Uma das mais recentes noticiadas é uma cirurgia para tratamento do Mal de Parkinson.

No dia anterior ao procedimento principal, são introduzidos cinco parafusos de titânio no cérebro do paciente, para servirem de guias durante a cirurgia, e se evitar o uso de um capacete de metal para armação, algo muito menos prático.

No procedimento principal, com o paciente acordado, são feitos furos no seu crânio, por onde serão implantados os eletrodos, componentes essencias do 'marcapasso neurológico'.

Durante a instalação, o paciente é constantemente testado e, através de seu feedback, é possível avaliar se algo está sendo prejudicado, ou não. Depois de corretamente posicionados, o computador para controle dos eletrodos é implantado embaixo da pele, próximo a clavícula, algo nem um pouco confortável no pós-operatório.

Todo o processo pode não ser um sucesso, mas é uma tentativa para amenizar as consequências da doença. Algumas pessoas avaliam ser preferível a não fazer nada para combatê-la.

Ainda bem que a medicina humana evolui tanto, não? E pensar que os Incas, a cerca de 3.000 anos atrás, praticavam trepanações para resolver problemas de saúde das pessoas...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Expectativa

É comum gerarmos expectativas a respeito de nós mesmos, principalmente considerando nosso histórico passado.

Qual não será a expectativa de alguns esportistas prontos a competir no PAN?

Por exemplo, um boxeador cubano possui em seu histórico 142 vitórias, uma derrota e, na sequência, mais 101 vitórias. É o favorito na sua categoria. O atleta brasileiro, Vanderlei Cordeiro, bi-campeão em sua modelidade, caso seja ouro novamente, será um dos raros casos de tri, numa mesma modalidade em torneios quadrienais.

Sem dúvida contar com a confiança dos outros, e um bom histórico, é uma vantagem, mas pode se tornar um problema. Saber lidar com equilíbrio entre a intimidade com o sucesso e a possibilidade do fracasso é uma tarefa árdua. Está relacionado a lidar bem com a frustação, ou mesmo com a hipóteses de.

Ninguém é perfeito. Reconhecer e aceitar a imperfeição é digno de alguém mais 'perfeito'... Complicado, não? Ao atingirmos esse nirvana da expectativa, provavelmente estaremos mais próximos do sucesso.

Talvez esse seja o segredo dos grandes vencedores.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Empresarial

Muitas vezes desconfiamos do poder das empresas na sociedade, de sua influência econômica. Elas nos parecem muito ricas e acumulando sempre mais, mas raramente sabemos valores exatos.

Na seção 'Janela Indiscreta' da revista Época, dessa semana (nro. 477), pude ter uma idéia desta dimensão, com a divulgação de algumas informações provenientes da Bovespa.

Foi feito um comparativo do valor das empresas com o PIB do estado brasileiro e de alguns estados, em particular. O resultado é o seguinte:

Bovespa = PIB do Brasil
Petrobrás = 1,3 vez o PIB do Rio de Janeiro (estado)
Vale = 1,4 vez o PIB de Minas Gerais
Itaú e Bradesco = PIB do Paraná
AmBev = 1,1 vez o PIB da Bahia

São números expressivos! Desconheço esses relações pelo mundo afora, mas estes devem ser significativos em qualquer lugar.

Estaremos presenciando a formação de um novo e real poder? Afinal, ao menos do ponto de vista econômico, este grupo de empresas já possui economias iguais ou maiores do que seu próprio governo.

Haverá num futuro distante, ou talvez nem tão distante, uma nova configuração social na qual o estado perderá totalmente sua importância? Ainda existirá estado no formato conhecido atualmente?

domingo, 8 de julho de 2007

As manifestações de devoção religiosa durante a visita do Papa Bento XVI denotam a fervorosa fé presente em nosso povo.

Alguns podem considerar alienação, outros fanatismo, mas as imagens mostradas durante a visita, apesar da narração realizada pela TV, com certos ares de 'mega show', mostram pessoas sinceras e envolvidas em sua crença.

Naquela fé as pessoas se apresentam humildes e prontas a responder o chamado de algo além de seu entendimento. Em muitos casos, se entregam pelo bem comum e expressam sua entrega através da própria religião.

A religião religa ao sagrado, à suprema essência da fonte de vida e, através de seus preceitos, procura guiar ao caminho da humanização. A pessoa humanizada é sagrada.

Na reconexão possibilitada pela religião, a família humana celebra os mais preciosos valores comunitários e essenciais para o encontro do homem com a própria existência.


Desde a visita do Papa, lá em maio, precisei desse tempo para refletir, para absorver esse momento vivido por todos nós, católicos ou não, com certa serenidade, sem o impacto da emoção, do envolvimento.

Hoje tenho a certeza de que, mais do que nunca, o ser humano precisa desse reencontro, dessa reconexão com a vida e com o outro.

sábado, 7 de julho de 2007

Memória

Em uma conversa informal, uma pessoa me perguntou se eu conhecia alguém para recomendar para um trabalho de criação de websites.

Eu conheço, mas naquele momento não consegui lembrar seu nome, ou de sua empresa, nem por decreto!

Conseguia lembrar vários trabalhos realizados por ele, seu primeiro nome, como encontrá-lo na Internet, mas nada de valia, nada suficiente para a pessoa contatá-lo. Logo me ocorreu: é só pesquisar no Google!

Fácil, não? A não ser quando estamos distantes de um computador e Internet, como era o caso...

Percebei a dependência gerada pelo mecanismo de busca em algumas situações. De certa forma, ela passou a ser uma extensão de nossa memória, pelo menos para os casos disponíveis da Internet.

O problema é não saber se a falta de lembrança é só, e simplesmente, um lapso momento, ou sintoma de um prejuízo causado pelo Google. Uma espécie de Googlite... Pode ser também um excesso de informação, dificultando a localização de informações em nossa memória, também causado por esse dois parceiros inseparáveis: Google e Internet.

Só o futuro dirá as conseqüências e se acaso é realmente um problema. O pior mesmo é ainda não ter lembrado o bendito nome!

Falando nisso, com licença, preciso googlar... :)

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Conexão

A dimensão da disponibilização de acesso a Internet, nos municípios brasileiros, vem tomando proporções que certamente mudarão definitivamente a vida das pessoas.

Segundo reportagem da revista INFO, dos mais de 5.000 munícipios brasileiros, cerca de 2.100 já possuem acesso público gratuito e, em grande parte, sem fio.

Com introdução desse recurso, a vida das pessoas está sendo modificada, nos mais distantes recantos do país. Alia-se a esse fato, o acesso facilitado a compra de computadores, viabilizado pela lei federal de incentivo fiscal, a tal 'MP do Bem'.
Há pessoas podendo estudar on-line, como uma moça que conseguiu até entrar na faculdade de medicina. Jovens podem consultar um mundo de informações e desde que sejam bem orientados, foram uma nova geração apta a pesquisar, discernir e produzir conhecimento.

A foto deste post é uma representação gráfica da Internet atual, com todas as suas conexões e pontos de acesso. Dá para imaginar o tamanho disso?
Chegará o dia em que acesso a Internet será tão corriqueiro quanto possuir energia elétrica em nossas residências. Em algum momento no passado se começou a implantação da rede de energia que hoje chega a quase todo lugar. Hoje em dia conseguimos imaginar alguma residência sem ela?
Com a Internet também será assim. Qual será a forma final desse 'ser' no futuro? Quais serão os limites de mais essa criação humana?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Baleiro

Estou longe de ser saudosista, mas hoje me fizeram lembrar de algo muito legal, lá num passado já remoto: o baleiro!

Eram bons tempos, juntávamos trocadinhos por um tempo, em moedas ganhas do tio, do pai, de algum parente.

Quando julgávamos ter o suficiente, ou quando tínhamos vontade e fundos, bastava ir a venda da esquina e se maravilhar em frente ao baleiro.

Com toda sua infinidade de cores, das mais diversas embalagens de bala, ele nos encantava com seu girar mágico. Vê-lo rodar possuía aromas até hoje não esquecidos. Tenho até a impressão de ouvir o antigo jingle das Balas Kids.

Escolhíamos uma de leite, outra de hortelã, mais uma de morango e talvez uma de tutti-frutti (demorei algum tempo na vida para entender a palavra "tutti-frutti"). Saboreá-las depois era uma festa, entre todos, pois íamos de turma comprá-las. E eram apenas 4 ou 5 balas!

Hoje é comum ver crianças levarem do supermercado um saco de 300 gramas de balas, todas do mesmo tipo, por apenas R$ 1,00 e provavelmente não dará tempo de chegar em casa. Estará acabado, já terão devorado todas...

Extinguiram-se alguns valores, não sei se farão falta, ou não, mas se extinguiram. Que ao menos a extinção seja pela substituição por outros tão singelos, doces e bons...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Nevoeiro

Ao menos duas certezas temos quanto a situação do controle de tráfego aéreo brasileiro: há problemas com os controladores, justificados ou não, e a intensidade de tráfego aumentou consideravelmente nos últimos anos.

As conseqüências podem ser as mais diversas e sem dúvida demandam atitudes governamentais para solucioná-las.

Por outro lado, a imprensa muitas vezes colabora com a formação de certas 'nuvens' em nosso horizonte... E quando em nuvens, nossa visão fica sem alcance. Um perigo!

Nos últimos três dias, no jornal matutino, sou informado de problemas nos aeroportos, num tom um tanto de 'caos aéreo', devido aos fortes nevoeiros recentes na cidade.

Não me lembro, no passado, do assunto ter merecido tanto destaque. Certamente os aeroportos já fecharam algum dia por problema similar, mesmo porque se trata de uma questão de segurança. Porém, o tom da informação não tem deixado claro esse aspecto...

É necessário o cuidado na condução desses temas!

Corremos o risco de misturar as coisas e começaremos a ver mais freqüentemente pessoas invadindo balcões de embarque, ou desobedecendo ordens de conduta de segurança dentro dos aviões.

Temos direitos e devemos exercê-los, mas com critério e propriedade. Caso contrário, viveremos uma guerra dos sem razão. Quando nenhuma das partes a têm, o conflito será eterno, e de resultados inesperados!

Precisamos de algum sol para dispersar essas nossas nuvens atuais...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Fobias

O ser humano é mesmo muito complexo. Na tentativa de se explicar, acabar por complicar mais ainda. Já me explico (olha só o ser humano aí no ataque!)...

Recentemente, no McDonald's, havia nas toalhas de papel da bandeja várias curiosidades. Dentre elas estava a explicação da palavra 'sesquipedalofobia' - a fobia de palavras extensas.

O termo me despertou curiosidade e realizei pesquisas na Internet. Além de confirmar o significado, encontrei diversas menções ao fato.

Como assunto envolvia uma fobia, também encontrei diversos descrições de fobia. Nunca imaginei a possibilidade de serem descritas tantas patalogias. Isso provoca até a velha pergunta: você tem medo de quê?

Quantas definições para explicar tantas idiossincrasias, quanta preocupação em detalhar tantos aspectos!

Tenho até medo de ter medo. Aliás, haverá definição para o medo de ter medo (preciso verificar)?

De todas as menções ao assunto, a melhor foi a seguinte: "Como pode o nome da fobia de palavras extensas ser tão extenso?". Talvez seja para deixar o cara definitivamente louco...

Por sinal, acabo de me lembrar... Será que me expliquei?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Reino

Há muito tempo, em reinos muito distantes, haviam reis. Como reis possuiam poderes absolutos e eram cercado por grupos de pessoas, suas cortes, detentoras de todos os privilégios concedidos por eles. No mais, havia o povo, possuidores apenas da obrigação de trabalhar, obedecer às ordens do rei e esperar a vida passar.

Ainda bem que esses tempos não mais existem. Vivemos hoje a democracia!

Somos isentos de pagar tributos altíssimos e sem retorno. Não existe mais um grupo dominante de pessoas, associado ao poder, obtendo seus privilégios em detrimento do resto da sociedade.

Há também a garantia de uma vida segura e feliz, repleta de conforto, até nossa aposentadoria. Convivemos em paz e harmonia, sem guerras externas ou internas.

O ícone máximo de nossa democracia é a extinção de qualquer foro privilegiado. Todos somos iguais!

Acaso estou acordado?

domingo, 1 de julho de 2007

Amar é...

Certos elementos, idéias, objetos de nossa vida são difíceis de definir em uma expressão direta e objetiva. Para a maioria deles, adotamos sua construção mental, sua definição, através de suas características, do que é ou não é, os entendemos através da observação de sua periferia.

Assim ocorre com o amor... Tão imenso e intenso para uma pequena expressão. Para ele colecionamos um extenso conjunto de pequenas expressões, algumas mais certeiras, outras mais ilustrativas e, em alguns casos, até mesmo equivocadas.

Às vezes encontramos uma emblemática, sintética, representativa de nossa maior crença, mais aderente ao nosso ideal.

Ultimamente ouço diversas vezes, da mesma pessoa, uma dessas e trago ela bem próxima do coração: “O amor não se impõe, se propõe”.

Observo nessa idéia a síntese do respeito, da liberdade, da fidelidade e da paixão presentes e inerentes ao amor, nos mais diversos sentidos.

Fica o meu desejo de que as pessoas percebam mais o quanto o amor é propositivo, seja para o que for...