domingo, 1 de junho de 2008

Coerência

Coerência se traduz em solidez.

Temos a capacidade de perceber, mesmo nas entrelinhas, a consistência de comportamentos e idéias, expressas por nossos iguais.

Quantas vezes ouvimos o pedido para falarmos a nossos filhos muito mais por atitude do que palavras? Nem sempre é fácil perceber o poder dessa postura.

Tão ou mais difícil é mantermos a coerência. Faz parte do embate entre nosso eu e nossas crenças. O eterno e delicado equilíbrio entre a pessoa interna e a pública.

Basta um minuto de descuido na vigilância e lá estamos nós, nos contradizendo, colocando por terra o trabalho constante de atuar, com firmeza, com a certeza das escolhas feitas.

Gratificantes são os momentos em que nossa alma se revela, autônoma, sem controles e coerente. Certeza das verdades impressas no coração. Lá gravadas permanecem mais enraizadas.

Somos capazes de começar pela racionalidade. Adequar nossos instintos à nossa elevada condição humana. Buscar o encontro com os outros, condizente com as necessidades comuns. União sublimada de iguais. Plantamos paulatinamente, cultivamos com inspiração e colhemos com alegria.

A escolha do caminho, apesar de relevante, pode ser distinto. Mesmo diferente do seu ou do meu, a coerência o torna respeitável. Religiosa, política ou socialmente, grandes homens demonstraram e demonstram grande coerência.

O exercício da coerência nos ensina muito. Faz-nos autoquestionar! Provoca a "autovisão". Compreendemos melhor o sentido de construir uma casa na pedra e não na areia... Fui coerente?

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