segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Discomgooglelation

Como viver sem Internet?

Pergunta relevante, merece estudo e atenção. Já há até nome para a síndrome de quem se perturba com a falta de conexão disponível: Discomgooglelation.

Quantas e quantas vezes não me peguei meio irritado, quase desnorteado, com a suspensão do serviço de acesso, seja pela troca de operadora ou por algum problema no provedor atual.

Interessante notar a participação da expressão 'google', em meio à construção do termo. Sinal ou conseqüência da importância dada aos serviços da empresa no entendimento da grande rede.

Expressar essa nova "doença", patologia, tornou necessário o uso de tantas letras... Remetem até a palavras como supercalifragilisticexpialidocious, esta com sentido muito mais divertido e suave. Quem sabe um dia a relação com a tecnologia também ganhe essa conotação.

Mas voltando aos males, talvez outros serão associados, num breve futuro, a existência das ferramentas virtuais. É notória a mudança de nosso padrão de memória com a freqüente utilização dos mecanismos de buscas. Quem nunca se pegou "esquecido" de algum fato, antes facilmente recordado e recorreu a algum são longuinho virtual?

Fruto da ubiqüidade crescente da conexão, caminhamos para sua presença em qualquer dispositivo imaginado. Telefones (celulares, nem é preciso mencionar), consoles de videogames, aparelhos de GPS. Chegaremos a um paralelo com a rede de distribuição de energia elétrica.

Diferença notável é a comunicação que a Web proporciona. Sem energia elétrica perdemos muitas facilidades, mas a redução intensa da perda de comunicação é experimentada apenas com as novas tecnologias. Para o bem ou para o mal, é crescente o número de pessoas apoiadas nelas para ampliação de sua dimensão social.

Toda e qualquer doença dissocia o homem de si mesmo. Natural ou artificial se faz necessária a busca do equilíbrio, para a solução ou a serenidade no enfrentamento. Diversas compensações a vida cobra. Os benefícios da conexão são indiscutíveis. Compensam a instabilidade em sua falta ou melhor aprender a não esquentar, para fugirmos às garras da teia?

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