De um jeito, ou de outro, nos escrevemos.
O advento do e-mail transformou nossa comunicação escrita, a agilizou e, de certa maneira, até a banalizou. Descuido maior, menor extensão, vemos a mutação da troca de textos.
Machados de Assis trocava correspondência com sua amada. Em estudos sobre suas bem traçadas linhas, revelações da alma do mestre da literatura.
Lembro, com carinho, do "evento" da chegada de cartas, vindas de Portugal, na casa da minha avó. Momento especial, notícias de além-mar, saudades lembradas.
Ela buscava os óculos, sentava confortavelmente na sala, abria o envelope e lia. Às vezes em voz alta. Noutras em alta emoção. A vida, dos familiares que lá ficaram, a passar em frente a seus olhos, por letras enfileiradas.
Com as novas tecnologias, ficamos com a impressão de sua extinção. O mundo digital já é tão popular, não? Ledo engano...
Ignorando as malas diretas postais, um verdadeiro spam de celulose e tinta, ainda muitas pessoas se utilizam do serviço dos correios para se comunicar. Vale até matar saudades e exercitar a coordenação em escrever a mão!
De qualquer forma, uma coisa não mudou. Para fazê-lo, é preciso saber ler e escrever. Além de ter condições para tanto. Capacidade e acuidade visual, tão cotidianas que nos passam despercebidas em nossa rotina. Só damos falta quando nos falta.
Em São Paulo, no Poupa-Tempo, há um serviço para ajudar as pessoas com dificuldades. O "Escreve Cartas" conta com diversos voluntários, dedicados a atender as pessoas, escutá-las e transcrever suas palavras para o papel.
Bem ao estilo da Dora, do filme "Central do Brasil", se dispõe a serem olhos e mãos de quem não pode, ou não sabe, ler e escrever. No seu caso, não ganham nada além da gratidão e da satisfação de ajudar.
Doação de serviço, de tempo e de vida. Disposição de simplicidade e essencialidade. Corações do tamanho da metrópole que habitam! Mais do que cartas, correspondências inestimáveis a quem necessita, escrevem um chamado a colaboração comunitária.
O advento do e-mail transformou nossa comunicação escrita, a agilizou e, de certa maneira, até a banalizou. Descuido maior, menor extensão, vemos a mutação da troca de textos.
Machados de Assis trocava correspondência com sua amada. Em estudos sobre suas bem traçadas linhas, revelações da alma do mestre da literatura.
Lembro, com carinho, do "evento" da chegada de cartas, vindas de Portugal, na casa da minha avó. Momento especial, notícias de além-mar, saudades lembradas.
Ela buscava os óculos, sentava confortavelmente na sala, abria o envelope e lia. Às vezes em voz alta. Noutras em alta emoção. A vida, dos familiares que lá ficaram, a passar em frente a seus olhos, por letras enfileiradas.
Com as novas tecnologias, ficamos com a impressão de sua extinção. O mundo digital já é tão popular, não? Ledo engano...
Ignorando as malas diretas postais, um verdadeiro spam de celulose e tinta, ainda muitas pessoas se utilizam do serviço dos correios para se comunicar. Vale até matar saudades e exercitar a coordenação em escrever a mão!
De qualquer forma, uma coisa não mudou. Para fazê-lo, é preciso saber ler e escrever. Além de ter condições para tanto. Capacidade e acuidade visual, tão cotidianas que nos passam despercebidas em nossa rotina. Só damos falta quando nos falta.
Em São Paulo, no Poupa-Tempo, há um serviço para ajudar as pessoas com dificuldades. O "Escreve Cartas" conta com diversos voluntários, dedicados a atender as pessoas, escutá-las e transcrever suas palavras para o papel.
Bem ao estilo da Dora, do filme "Central do Brasil", se dispõe a serem olhos e mãos de quem não pode, ou não sabe, ler e escrever. No seu caso, não ganham nada além da gratidão e da satisfação de ajudar.
Doação de serviço, de tempo e de vida. Disposição de simplicidade e essencialidade. Corações do tamanho da metrópole que habitam! Mais do que cartas, correspondências inestimáveis a quem necessita, escrevem um chamado a colaboração comunitária.
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