quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Neutralização

Não apenas recicle, neutralize!

No mínimo devemos optar por reciclar, mas a reciclagem também consome energia. O reaproveitamento acaba por contribuir com sua cota de consumo. Equilíbrio de delicada manutenção...

Sendo assim, bem melhor neutralizar. Só talvez redefinamos o ato. Atualmente se fala muito em neutralização de CO2, ou seja, compensar sua contribuição ruim com boas contribuições.

Porém, em estado crítico, como na atualidade, o ideal é não produzirmos nada de ruim. É muito cômodo compensar depois de poluir. Eis uma das críticas ao mercado de créditos de carbono. Compramos o direito de desperdiçar?

A preservação do ambiente demanda o seguimento dos 3 Rs: reduzir, reutilizar, reciclar. Compreender e adotar a reciclagem exigiu muito esforço e ainda não estamos plenamente engajados, há bastante gente que reclama se precisar separar seu lixo e destiná-lo adequadamente.

Reduzir deveria incorrer em nem gerar. Tomemos o caso das empresas. Em geral, quanto papel impresso é desnecessário? Grande parte destina o material utilizado para empresas ou instituições de reciclagem, mas as árvores já estão no chão.

Procure saber quantas folhas são utilizadas mensalmente no seu local de trabalho e se espante! Tecnologias para evitar isso não faltam. GED, wikis, digitalização de imagens... Resta a dúvida se o consumo de energia da infra-estrutura de TI não derruba tantas árvores quanto.

Em nosso cotidiano, até a utilização de serviços bancários pode render discussão. Com tanto esforço das instituições bancárias para disponibilizar seus serviços na Internet, por que ainda utilizar a estrutura física de agências? De qualquer forma, o que pensar, se as pessoas ainda imprimem os comprovantes de transações eletrônicas realizadas lá...

Nosso descaso na utilização dos recursos naturais é histórico. Até sentirmos falta ou pormos em risco o equilíbrio do planeta. Nossa existência, com toda adaptação por nós criada, é intervenção série e irreversível no ambiente.

Precisamos neutralizar nossa ação, o que significa procurar neuroticamente reduzir o desperdício. Por nós, ou pelas gerações futuras, a neutralidade de ação pode ser entendida como deixar de consumir e não apenas recompensar o mundo pelos danos causados. Qual o preço de um ecossistema viável?

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