domingo, 21 de setembro de 2008

Alerta

Sempre alerta!

Com essa invocação, legado de Baden-Powell, garotos por todo mundo invocam o comportamento de prontidão ante as ações para a vida.

Há quem diga que se alguém está sossegado, de alguma forma está alienado. As demandas do viver nos inquietam necessariamente, nos mantêm atentos.

Inquietos com nossas constatações, nos perguntamos se realmente percebemos tais desafios. Platão teceu arguta solução para o dilema dos avisados.

Na alegoria da Caverna, eles nos apresenta sua parábola para exemplificar que os adormecidos jamais pensam se estão acordados. E preciso conhecer a consciência para se perguntar da possibilidade, ou não, do sonho.

"Precisamos estar atentos, pois não sabemos quando o dono da vinha vai voltar". Proprietária incansável e inconstante, a natureza cobra seu quinhão.

Nas últimas semanas, o mundo observa impotente a tempestade no mercado financeiro global. Se a ganância imperasse menos, talvez a atenção poderia ter sido desviada para evitar a confusão atual. Falta de atenção, soluções emergenciais e pragmáticas. Mais precisamente valores acima de US$ 700 bilhões!

Tempestades humanitárias muito maiores ocorrem nos rincões do continente africano. Apesar do grito de socorro de milhões de irmãos, quase nenhuma atenção é dispensada. Displicência própria daqueles muito sossegados...

Será inevitável nosso descaso com os meandros da semente de desestabilização? Somos incapazes de estar alerta, antecipadamente, já que prevenir é melhor do que remediar? Quanto remédio precisaremos ainda tomar para aprendermos a lição difundida entre jovens escotistas?

Apenas nos resta repetir e aprender: sempre alerta!

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