sábado, 31 de maio de 2008

Moore

"A cada dois anos, a capacidade de processamento dos computadores dobrará."

A frase, acima mencionada, dita em 1965, ganharia ares de loucura ou profecia. Ganharia se não se tivesse confirmado, até hoje, sendo muito discutido quanto tempo ainda permanecerá válida.

Gordon Moore, co-fundador da Intel, mostrou ousadia ou muita certeza ao cunhar tal afirmação, conhecida posteriormente como a Lei de Moore.

Sua previsão parece ditar o ritmo frenético de crescimento de quase tudo em nossa vida contemporânea. A proporção da evolução abrange muito mais do que processadores.

Que mistério guardam fatos deste tipo? Serão os processadores molas propulsoras, ou em outras palavras, culpados pela nossa aceleração dos ciclos do mundo?

Uma proporção deste tipo e importância poderá se tornar um novo número de Fibonacci. O "número de Moore" se tornaria referência para nova proporção áurea da natureza. Há muito que se estudar sobre o sucesso desta quantificação.

São mais de 40 anos de confirmação. O mundo naqueles idos de 65 era muito diferente. Nem mesmo a Internet, outra frenética evolucionista, existia nas condições conhecidas atualmente. A lei venceu até a virada do século e do milênio!

Os limites para sua continuidade estão nas próprias características do mundo físico. A miniaturização dos circuitos, proporcionando a adição de mais elementos no mesmo espaço, está definitivamente desafiada pelo tamanho de um átomo.

Apesar de estarmos próximos deste limite, diversas soluções têm permitido contornar a situação. O poder de processamento continua aumentando e as fronteiras parecem estar ainda bem longe.

Difícil arriscar um palpite e enfrentar tão relevante profecia. Resta-nos aproveitar seus frutos e aguardar algum outro brilhante visionário que possa criar nova lei, à altura da primeira. Alguém se candidata?

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