sexta-feira, 2 de maio de 2008

Relatividade

Centenária, bela e incompreendida!

Publicada em 1905, agregadora de inúmeras idéias flutuantes à época, a Teoria da Relatividade revolucionou a visão do universo conhecido.

Visão é uma expressão possivelmente inadequada. Como apresentado na edição especial da revista Scientific American Brasil, sobre o assunto, nem Einstein acertou algumas suposições de como seria nossa percepção em eventos relativísticos.

Acadêmicos pelo mundo também nem sempre consegue atingir a compreensão plena de seus conceitos, mesmo os utilizando em sua atividade diária.

Afora sua complexidade, sofremos com nosso arraigar ao cotidiano, a experiência vivenciada no dia-a-dia. Apesar de toda criatividade humana, abstrair o universo conhecido é uma mudança neural intrínseca e brutal. Tarefa para poucos...

Pela aura despertada em torno de suas revoluções, e a forçosa imagem de pop star recebida por seu criador, a teoria recebeu muita atenção de grande parte da população. O senso comum sobre seus efeitos acabou enormemente distorcido, margeando mais ficção científica do que nova compreensão da realidade.

Culpa em parte pelo ensino recebido, ou acessível. Contatamos na escola a física dos séculos XVII a XIX, inaugurados com a física clássica, por ícones da estirpe de Isaac Netwon a Rutheford. Grandes nomes com idéias posteriormente mostradas particulares, para contextos específicos, através da enunciação da relatividade e outras teorias, como a mecânica quântica.

Incômodo maior é gerado por termos desestruturado dois eternos pilares de nossa percepção: o espaço e o tempo. Em uma nova formulação, o constante passa a assumir novos comportamentos, em grande parte de difícil observação em uma vida cotidiana. Um pouco de reflexão e perguntas mais basais são concebidas: O que mesmo é o espaço? E o tempo? Sobre o quê me norteio?

Inquietantes produções de mentes brilhantes, as concepções da física contemporânea são capazes de nos subtrair o sossego. Delicioso desassossego da observação da beleza do universo!

Nenhum comentário: