quarta-feira, 21 de maio de 2008

Primeira

A história de primeira noite de um homem precisa ser revista.

Proponho considerar a primeira noite apenas a primeira noite com uma nova criança na família. A primogênita ou primogênito. Serão assim pais de primeira viagem.

Entre tantas primeiras (viagens, maternidades, paternidades...) a experiência de aprender, sem contestações, como cuidar do sono de um bebê recém-nascido é a melhor de todos.

Nos escuro da noite, no silêncio da madrugada, só os pais e sua nova cria, muitos choros e resmungos preenchem a nova experiência.

Regra básica passada como padrão: choro é fome, incômodo ou sujeira. Antes fosse fácil assim identificar qual deles é o causador! Observar ajuda, mas não é rápido. Calma é extremamente necessária e, aos poucos, vai nos dando idéias do que fazer.

Nosso sono próprio já ficou esquecido. Preocupa mais o descanso e a saúde da vidinha. Estará mesmo bem? Faltará alguma coisa? Que mais poderei fazer? Como posso me explicar? A vantagem em uma maternidade é o batalhão de enfermeiras.

Vantagens feitas, às vezes, desvantagens. Quantos e quantos momentos de começo do descanso foram quebrados, interrompidos, por uma entrada para remédio, limpeza, apresentação e outra tanta série de rotinas hospitalares.

De qualquer forma, é uma segurança a mais. Nem quero pensar como seria no passado, ou numa aldeia, ou em qualquer lugar mais solitário...

Paulatinamente vamos nos ajustando. Uma mãozinha na boca às vezes é um santo remédio, na falta da chupeta. Um carinho paterno então, nem se fala. O cheiro da mãe é quase anestésico. Nessa coleção de descobertas, a melhor é descobrir com é doce e suave o sono daquela criança.

Um comentário:

Gabriel Perissé disse...

Meu amigo, gostei dessa primeira noite de um homem. E outras virão, com choros e risos! É isso aí, muita força e alegria para o casal, para a família.

Gabriel Perissé