
Pois é, temos uma ávida curiosidade por saber um último acontecimento, os fatos num país vizinho ou sobre os pais do vizinho.
Fofoca? Informação? A abordagem pode ser variada, mas sempre vira notícia. Reina algo de coesão social através da informação. Seja qual for o viés, nosso sentido tribal nos faz querer estar informado.
Temos algumas opções para nos conectarmos à informação. Muitas mais do que no passado. Além de jornais impressos, temos a Internet, cada vez mais presente.
Apesar de toda a discussão em torno da questão, as versões impressas têm suas vantagens, sendo a principal a portabilidade. Quem nunca carregou seu jornal para lê-lo no transporte público?
A volta de um colega de trabalho, de uma viagem de férias a Londres, me mostrou que ainda temos muito para desenvolver em matéria de publicações impressas. Mesmo se desprezarmos versões sensacionalistas, como o The Sun, e os tradicionalistas, como o The Guardian, ainda existem muitas alternativas, algumas gratuitas.
Em suas andanças pelas vias londrinas, ele recebeu ao menos dois jornais, gratuitamente. O ShortList e o The London Paper, uma com um tom mais "The Sun", o outro mais sério, ambos se mostram mídias de variedades e muita informação.
Distribuídos com periodicidade razoável, ao menos semanal, possuem também versão atualizada na Internet. Folheá-los nos permite perceber a nítida qualidade gráfica e editorial. Principalmente se compararmos com similares nacionais, distribuídos em estações de Metrô, tal qual lá, como o Metrô News e o Destak...
Maior tradição cultural? Mais disponibilidade financeira para produzi-los? Poderíamos investigar, mas certamente essa maior intimidade com a divulgação das notícias, tanto pela abundância, quanto pela qualidade, permitiu o surgimento dos inovadores meios de notícias digitais, como o Slashdot e o Digg.
Editados pelos próprios usuários, com a colaboração de pessoas do mundo todo. A relevância e importância editorial de qualquer assunto são definidas pela própria audiência. No primeiro caso, ainda há alguma intervenção de editores, mas no segundo a comunidade é quem dita a prioridade de sua pauta.
Possuir uma impressa rica em conteúdo, com qualidade e opções diversas, seguindo diversas tendências políticas ou socioeconômicas, carece de muitos elementos para fundamentá-la. Algumas podemos arriscar: censo cívico, comunitário e disposição colaborativa. De alguma delas, já ouviu falar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário