quinta-feira, 8 de maio de 2008

Fibonacci

Infindáveis são os mistérios da natureza.

Perseguido há séculos, o segredo e o sentido da proporção áurea desafia nossa inventividade. Estudado tenazmente, desvendado parcamente.

Enigmática presença na natureza, tal proporção é reconhecida em diversos padrões de crescimento: das folhas das plantas, de nosso corpo, populações, etc.

Artistas por toda história se apoiarão na reprodução do mágico número: 1,618 (arredondado, é claro). O "Homem Vitruviano", clássico de Leonardo da Vinci, é explícito em sua utilização.

Fibonacci, matemático italiano do século XII, conseguiu produzir uma seqüência matemática que produz essa proporção.

Na seqüência de Fibonacci, a razão entre dois números consecutivos equivale à proporção áurea. Quanto mais longe se avança na lista de números, mais preciso é a proporção do número áureo.

Misto de inspiração e revelação, como alguém consegue chegar a um resultado assim? Representar um efeito onipresente em nosso mundo em uma pequena expressão matemática. Alguns poucos símbolos para descrever tantos elementos do universo.

Mesmo um dos elementos mais caóticos conhecido, o mercado financeiro, possui modelo matemático, baseado na seqüência, capaz de descrevê-lo. Modelo amplamente difundido na área, é capaz de fundamentar coerentemente análises específicas da evolução dos negócios.

Coincidência cabalística ou obra intencional? O intrigante é justamente a exatidão dessa presença perene, constante e inequívoca. Acabamos por dar uma razão a quase toda manifestação caótica observável.

Obra da capacidade humana de identificação de padrões? Mais um fruto de nossas sintéticas sinapses? Talvez só Fibonacci pudesse nos dizer. Enquanto penso no assunto, vou tirar as medidas da minha mão, para conferir se a razão áurea também está presente aqui... Espero que sim. Se não, serei de outro universo?

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