terça-feira, 20 de maio de 2008

Nascimento

Nasceu!

No dia de hoje, uma pequena menininha chamada Gabriela, deu à luz um pai e uma mãe.

É exatamente isso que você leu. Num breve hiato de tempo, uma criança chega ao mundo e transforma homem e mulher em pai e mãe.

Milagre instantâneo, ou quase. Em verdade, demora cerca de 10 minutos. Ao entrar em um centro cirúrgico, assim como poderia ser a casa de uma parteira, ou uma oca de índio, a espera de 9 meses (no mínimo), transforma duas pessoas definitivamente.

O poder desta nova vida traz à luz o novo mundo da paternidade e da maternidade. Novos compromissos, novos desejos, muitas novas preocupações, novas esperanças.

Selo de um grande destino, o salto temporal ocorrido é irreversível. E delicioso! São tantos detalhes que só mesmo senti-los é possível. Descrever os inúmeros olhares, as minúcias de detalhes, as profusão de sons e aromas que nos inunda é missão prá lá de impossível.

Acompanhar todo o processo é coisa da vida moderna. Quase obsessão. Feliz de nós pais modernos, ou não. Podemos participar mais. Temos liberdade de apoiar mais. Mas em grande parte do tempo, apenas assistimos. Somos assistentes. Assistentes presentes!

Alegria transbordante. Como expressar? Indecifrável segredo da expansão. Fico travado por algum tempo... Estático. Extático. Tal qual o bebê, as reações fluem aos poucos, como num parto, concebidas ao longo de muito tempo.

No segundo seguinte novos horizontes se descortinam. Confiar é essencial. Sentir primordial. Afora tantas racionalizações, tantas reflexões, tanto preparo, há uma única certeza, não escrita em qualquer dos manuais pré-natais: ame, intensa e unicamente, como jamais havia amado!

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