terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vik

Do nada se faz arte!

Qual a matéria da arte? Nada? Do etéreo se concretiza o pensamento. Da sensibilidade se transforma a matéria em interpretação.

Surpreende a habilidade de certas pessoas em transmutar grafite, tinta, giz ou qualquer material impensado nas interpretações do mundo que nos cerca.

Mestre na arte, Vik Muniz é destes impressionantes. Com composições fantásticas, feitas de materiais dos mais diversos, ele compõe imagens de um realismo ímpar.

Usa de tudo um pouco: brinquedos de plástico, recortes de papéis, lixo industrial e doméstico, açúcar ou chocolate. Se propiciar as cores e os matizes desejados, entra na dança!

Depois de compor as imagens, eles as fotografa para registrar e expor. O trabalho original é desfeito, ficando apenas o registro. Desconstrução do concreto, liquefação do insumo, sublimação do sentido, do incorpóreo. Verdadeira solidificação da expressão humana.

Um rápida pesquisa de seus trabalhos na Internet demonstra a variedade de trabalhos. Em grande parte retratos, mas feitos até com macarrão ou nuvens! Fico tentando imaginar como funciona a cabeça e a percepção de um artista assim.

Fotógrafo, escultor ou pintor? Como classificar sua área de atuação? Para que classificar? Idiossincrasia da arte. Prescinde de qualquer definição. Precisa apenas atingir nossos sentimentos, despertar nossas emoções mesmo com o cotidiano ou, no mínimo, provocar a atenção.

O dom artístico é misterioso. Desconhece origem, raça ou nacionalidade. Vik é um brasileiro, de origem comum, reconhecido e renomado mundialmente. Em breve, será tema de exposição no MoMA. Para muitos ele pode não fazer nada, mas inegavelmente faz arte, da mais intrigante.

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