quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Reclamação

"Desculpe, mas estarei passando o senhor para o setor financeiro..."

Quem nunca passou pelas agruras do atendimento telefônico de algum prestador de serviço que atire a primeira pedra! Não no atendente, é claro...

Você com um problema, ou reclamação, e era comum a infinita andança pela central telefônica da empresa. Era. Pelo menos deveria ser passado.

Desde segunda-feira, um decreto presidencial entrou em vigor para coibir os abusos comuns no atendimento ao consumidor.

Pago para ver. No final de semana, precisei tratar de um questão de cobrança com um prestador de serviço. O atendimento, e o treinamento do atendente, não tinham sinal algum de alteração. Mudança deste porte deveria estar preparada, pois jamais aconteceria da noite para o dia.

Pior que as pessoas acreditam que seria possível... Mais ainda, acreditam no funcionamento das coisas por decreto. O âmago da questão reside na postura com os clientes, com a própria sociedade.

Criativos empresários, ou seus representantes, sempre conseguem soluções "espertas" dentro dos mecanismos legais. Problemas com telefonia deveriam ser resolvidos em 48 horas, obrigatoriamente. Toda vez que liguei por um problema não solucionado, o chamado estava "misteriosamente" fechado.

Nem adianta berrar... Funciona assim mesmo. No caso do atendimento, não será difícil que algum esperto se apóie em alguma brecha do texto do decreto. Sem fazer uma análise profunda, por exemplo, lá está referenciado "serviço de atendimento ao consumidor". E se for batizado de outra forma?

É a bendita visão intervencionista. Neste caso, vale lembrar que o decreto é presidencial! O Presidente da República precisou decretar como a relação vai acontecer. Imaginem se o chefe maior da nação precisasse legislar sobre todo nosso cotidiano...

A impunidade em abusos contratuais e outros absurdos continua. Digamos que o atendimento ocorra dentro das regras, mas o problema não seja resolvido. Tente reclamar pelas vias legais... Conhecemos o moroso caminho. No fundo, no fundo, eu queria apenas não ter que reclamar!

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