terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ioga

Ninguém duvida que sorrir é o melhor remédio.

Comumente, basta uma boa piada, ou até mesmo uma ruim, alguém começar e todos à sua volta embalam numa crise de sorrisos.

As melhores ondas são aquelas de tirar o fôlego, de literalmente chorar de tanto rir. Cura qualquer mal. Alivia qualquer tensão. Põe fora e por terra, sem distinção, os nós na garganta e angústias.

Para as piadas ruins, uma amiga me ensinou ótima sacada. Sua sobrinha, ao final destas fatídicas, apenas completa com a palavra "fim". Meio mágico, meio sarcástico, o sorriso é inevitável.

No entanto, algumas releituras de práticas e filosofias se mostram risíveis. Esses dias ouvi um relato sobre o "Ioga do Riso"! Pois é, uma vertente da milenar corrente filosófica apoiada na idéia de sorrir.

Ioga já possui inúmeras correntes e vertentes, em princípio concomitantes. Quanto à última, tenho lá minhas dúvidas... A equipe da revista Galileu resolveu encarar uma pesquisa de campo e participar de algumas aulas da tal ioga.

Cheirando a oportunismo sobre modismo, o relato da equipe de jornalistas e de outros tantos depoimentos na Internet, nos levar a concluir a existência de muitas técnicas, mas pouquíssimo Ioga. Aproxima-se muito mais a dinâmicas de grupo, comuns em processos seletivos em empresas.

De qualquer forma, pelo sorriso ou pela técnica, sugere ser divertido. Ganhou ares "pop" e a atenção do Programa do Jô. Longe de ser grande mérito, mas acaba por tornar a história toda mais engraçada, sem contar a esculhambação típica do apresentador.

No final das contas, poderíamos nomear os profissionais, como André De Rose, de Personal Smiler, seguindo as tendências do mundo personal. Mundo cinza esse nosso, mesmo. Dureza imaginar que as pessoas precisam de orientadores para reaprender a sorrir.

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