Quanto conseguiremos guardar?
A espécie humana carrega o vírus do colecionar. Adoramos ajuntar coisas durante a vida, mesmo que apenas para ficarem esquecidas, em algum canto.
Assim fazíamos com o álbum de fotos, e todas as inúmeras exemplares soltas, negadas ao direito de brilhar em meio a uma exposição bem organizada.
Livros, roupas, CDs, utensílios domésticos, enfeites... Basta parar e relembrar quantos itens vagam em nossos lares, agregados a tutela zelosa de todos nós.
Um bom momento para perceber quanto ajuntamos é em época de mudança de residência. Se aproveitarmos a oportunidade, conseguimos uma boa seleção e descarte devido do excedente. Senão, encaramos a dificuldade de onde colocar tudo aquilo...
O mundo digital trouxe um pouco mais de complicação para nossa mania. Com a crescente capacidade de armazenamento, e a comum falta de organização e habilidade computacional, os dispositivos de armazenamento vêm se transformando em legítimos depósitos de bits.
Há algumas semanas, meu supervisor precisou backupear três computadores, de ex-colaboradores da empresa. Depois de alguma seleção, redução de itens dispensáveis, conseguiu colocar todo o conteúdo dentro da sua máquina. Notem que as quatro máquinas têm capacidade de armazenamento semelhante, cerca de 80 Gb.
Claramente as máquinas tinham um considerável espaço ocioso e ainda assim continham muitos arquivos, na grande maioria esquecidos. Motivada pelo nosso ímpeto de guardar, a indústria constantemente oferece continuamente mais espaço, a preços extremamente acessíveis.
Alguns culpam as interfaces de acesso pelo esquecimento. Uma vez nas entranhas do computador, um arquivo não é facilmente localizado, como uma folha de papel sobre a mesa. O sucesso da recuperação da informação depende organização, padrões e memória (do usuário).
Como não fosse suficiente, preocupados, ainda depois fazemos backups. Um, dois, três... Quem manda é o tamanho da neurose. Ficamos então com redundâncias, além do desperdício de espaço. E dá-lhe adquirir pendrives, DVDs, discos rígidos, unidades de fita!
Para as empresas, além da segurança, ficam os encargos do gerenciamento. Multiplique os dispositivos por centenas, conecte-os através de redes e surgem necessidades de ferramentas específicas para tornar o trabalho possível.
Imaginem que interessante seria se utilizássemos algum software para gerenciar o espaço disponível, de todo equipamento pelo mundo, com a otimização redundâncias, em uma grande nuvem de armazenamento. Certamente não precisaríamos aumentar a capacidade de nenhum item por alguns anos!
Fotos, músicas, documentos, vídeos, redundantes e espalhados se proliferam aos milhares neste momento. Até quando e quanto conseguiremos armazenar, antes de sermos engolidos e subjugados neste infindável oceano binário?
A espécie humana carrega o vírus do colecionar. Adoramos ajuntar coisas durante a vida, mesmo que apenas para ficarem esquecidas, em algum canto.
Assim fazíamos com o álbum de fotos, e todas as inúmeras exemplares soltas, negadas ao direito de brilhar em meio a uma exposição bem organizada.
Livros, roupas, CDs, utensílios domésticos, enfeites... Basta parar e relembrar quantos itens vagam em nossos lares, agregados a tutela zelosa de todos nós.
Um bom momento para perceber quanto ajuntamos é em época de mudança de residência. Se aproveitarmos a oportunidade, conseguimos uma boa seleção e descarte devido do excedente. Senão, encaramos a dificuldade de onde colocar tudo aquilo...
O mundo digital trouxe um pouco mais de complicação para nossa mania. Com a crescente capacidade de armazenamento, e a comum falta de organização e habilidade computacional, os dispositivos de armazenamento vêm se transformando em legítimos depósitos de bits.
Há algumas semanas, meu supervisor precisou backupear três computadores, de ex-colaboradores da empresa. Depois de alguma seleção, redução de itens dispensáveis, conseguiu colocar todo o conteúdo dentro da sua máquina. Notem que as quatro máquinas têm capacidade de armazenamento semelhante, cerca de 80 Gb.
Claramente as máquinas tinham um considerável espaço ocioso e ainda assim continham muitos arquivos, na grande maioria esquecidos. Motivada pelo nosso ímpeto de guardar, a indústria constantemente oferece continuamente mais espaço, a preços extremamente acessíveis.
Alguns culpam as interfaces de acesso pelo esquecimento. Uma vez nas entranhas do computador, um arquivo não é facilmente localizado, como uma folha de papel sobre a mesa. O sucesso da recuperação da informação depende organização, padrões e memória (do usuário).
Como não fosse suficiente, preocupados, ainda depois fazemos backups. Um, dois, três... Quem manda é o tamanho da neurose. Ficamos então com redundâncias, além do desperdício de espaço. E dá-lhe adquirir pendrives, DVDs, discos rígidos, unidades de fita!
Para as empresas, além da segurança, ficam os encargos do gerenciamento. Multiplique os dispositivos por centenas, conecte-os através de redes e surgem necessidades de ferramentas específicas para tornar o trabalho possível.
Imaginem que interessante seria se utilizássemos algum software para gerenciar o espaço disponível, de todo equipamento pelo mundo, com a otimização redundâncias, em uma grande nuvem de armazenamento. Certamente não precisaríamos aumentar a capacidade de nenhum item por alguns anos!
Fotos, músicas, documentos, vídeos, redundantes e espalhados se proliferam aos milhares neste momento. Até quando e quanto conseguiremos armazenar, antes de sermos engolidos e subjugados neste infindável oceano binário?
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