De que são feitas as pautas do noticiário?
Diariamente, pela manhã, gosto de assistir ao noticiário matinal, normalmente o SPTV, da Globo, para aproveitar o tempo do café e me atualizar.
Incomoda, já faz tempo, o foco concedido a notícias policiais ou de acidentes, e afins. O conteúdo jornalístico se resume apenas a relatar as ocorrências de crimes e afins?
Ninguém duvida da existência de problemas, mas sua divulgação, sem a devida discussão, passa a corresponder apenas ao aproveitamento da desgraça alheia para o preenchimento de uma pauta.
Qual relevância dos casos apresentados? Como escolher qual destacar, em meio a tantos certamente existentes em uma estado como São Paulo? As situações apresentadas não são as únicas. Nem só de problemas é feita a vida de tantas pessoas.
Outros fatos da vida também merecem destaque. Daí, muitas vezes, o exagero pesa no outro lado, com a menção insistente e incisiva no assunto. Escolhido o tema, passamos a exaustão de sua exposição. De acordo com a sazonalidade, ficamos com as Olimpíadas, alguma comemoração à época, etc.
Ficamos com a dúvida de qual a função do jornalismo contemporâneo. Vivemos realidades novas em grandes populações. O mero folhetim diário tem dificuldade de refletir as necessidades destas novas vivências.
A situação se repete em quase todos os meios, com maior ou menor intensidade. Nem mesmo o escopo dos programas ou publicações mudam sua perspectiva com o foco. Grande responsabilidade, a coerência e a ética jornalística conduzem a formação de opinião, através de quem se espera fatos e discernimento.
Por outro lado, situações de notável destaque são proteladas. Às vezes, ganham um pequeno espaço para se manifestar, chegar à tona dos acontecimentos, para não se afogar no mar do esquecimento.
Hoje na Folha de São Paulo, uma coluna do Dr. David Oliveira, intitulada "Ao Brasil, notícias da fome na Etiópia", faz seu relato alarmante da situação naquela região do mundo. Representante dos médicos sem fronteira no país, ele usa o pequeno espaço concedido para gritar por atenção para um problema tão grave no mundo.
Por que a fome, seja lá ou em nosso sertão, não merece destaque, mesmo sendo causadora de tantas mortes diárias? Quais interesses movem o preterir do fato? Ler o texto deste médico vocacionado nos dá a dimensão do enorme drama enfrentado pela humanidade. Também nos noticia a dificuldade de algumas notícias chegarem ao público. Por que?
Diariamente, pela manhã, gosto de assistir ao noticiário matinal, normalmente o SPTV, da Globo, para aproveitar o tempo do café e me atualizar.
Incomoda, já faz tempo, o foco concedido a notícias policiais ou de acidentes, e afins. O conteúdo jornalístico se resume apenas a relatar as ocorrências de crimes e afins?
Ninguém duvida da existência de problemas, mas sua divulgação, sem a devida discussão, passa a corresponder apenas ao aproveitamento da desgraça alheia para o preenchimento de uma pauta.
Qual relevância dos casos apresentados? Como escolher qual destacar, em meio a tantos certamente existentes em uma estado como São Paulo? As situações apresentadas não são as únicas. Nem só de problemas é feita a vida de tantas pessoas.
Outros fatos da vida também merecem destaque. Daí, muitas vezes, o exagero pesa no outro lado, com a menção insistente e incisiva no assunto. Escolhido o tema, passamos a exaustão de sua exposição. De acordo com a sazonalidade, ficamos com as Olimpíadas, alguma comemoração à época, etc.
Ficamos com a dúvida de qual a função do jornalismo contemporâneo. Vivemos realidades novas em grandes populações. O mero folhetim diário tem dificuldade de refletir as necessidades destas novas vivências.
A situação se repete em quase todos os meios, com maior ou menor intensidade. Nem mesmo o escopo dos programas ou publicações mudam sua perspectiva com o foco. Grande responsabilidade, a coerência e a ética jornalística conduzem a formação de opinião, através de quem se espera fatos e discernimento.
Por outro lado, situações de notável destaque são proteladas. Às vezes, ganham um pequeno espaço para se manifestar, chegar à tona dos acontecimentos, para não se afogar no mar do esquecimento.
Hoje na Folha de São Paulo, uma coluna do Dr. David Oliveira, intitulada "Ao Brasil, notícias da fome na Etiópia", faz seu relato alarmante da situação naquela região do mundo. Representante dos médicos sem fronteira no país, ele usa o pequeno espaço concedido para gritar por atenção para um problema tão grave no mundo.
Por que a fome, seja lá ou em nosso sertão, não merece destaque, mesmo sendo causadora de tantas mortes diárias? Quais interesses movem o preterir do fato? Ler o texto deste médico vocacionado nos dá a dimensão do enorme drama enfrentado pela humanidade. Também nos noticia a dificuldade de algumas notícias chegarem ao público. Por que?
Nenhum comentário:
Postar um comentário