Há quem tema os transgênicos.
Atualmente, já há algo mais para se preocuparem. Antes restritos ao mundo da alimentação, um novo fenômeno talvez possa ser classificado como tal. E lá virá mais preocupação para eles...
Essa semana, a imprensa divulgou a experiência com neurônios de rato implantados em uma máquina. Um robô com cérebro biológico! Novo tipo de transgênico. Até nome bonitinho ele tem: Gordon.
Asimov, em sua quase mitologia tecnológica, concebeu um cérebro "positrônico", para basear todos os autômatos de seus contos.
Naquela época, a eletrônica era rudimentar, mal estavam estreando diodos e transistores. O tal cérebro seria feito de platina, percorrido por fluxos de pósitrons, a simular ondas cerebrais. Mal podia imaginar o autor uma tecnologia envolvendo células vivas.
Barreira para o desenvolvimento da inteligência artificial, a construção de redes neurais artificiais demanda poder de processamento portentoso. Nosso cérebro tem 100 bilhões destas células, conectadas a cada cem, ou seja, uma rede com 10 trilhões de conexões!
Ainda que a capacidade computacional fosse suficiente, precisaríamos entender a organização das estruturas naturais. O modelo do neurônio artificial já está consolidado. Muitas pesquisas buscam desenvolver o hipotálamo artificial, uma das estruturas primárias necessárias. Um longo caminha a percorrer...
Solução mais prática encontrada: utilizar o que a natureza criou. Colocar os neurônios de um ratinho para funcionar, sob o comando humano, é o germe da manipulação desejada. Mesmo nesse caso, a rede tem pouco mais de uma centena de milhares de células. Mas já está aprendendo...
Tudo bem, seu objetivo é apenas aprender a se locomover e desviar de objetos. Justificam os cientistas, porque parecem sempre querer se justificar, que tais estudos colaborarão no avanço da medicina contra os maus de Alzheimer e Parkinson. Só não podemos esquecer a plasticidade neural...
Se a plasticidade estiver ligada à célula e sua capacidade de se adaptar, quais as garantias do seu futuro desenvolvimento? Podemos controlar os rumos realmente tomados? Será esse o experimento gerador do Cérebro?
Brincamos com a vida, ou ao menos seu potencial. Bem no futuro, como preconizava a ficção, se nossos brinquedos desenvolverem consciência, quais serão nossas responsabilidades éticas? Parecem deixar de aprender com o passado. Às vezes sinto que comemos novamente a maçã.
Atualmente, já há algo mais para se preocuparem. Antes restritos ao mundo da alimentação, um novo fenômeno talvez possa ser classificado como tal. E lá virá mais preocupação para eles...
Essa semana, a imprensa divulgou a experiência com neurônios de rato implantados em uma máquina. Um robô com cérebro biológico! Novo tipo de transgênico. Até nome bonitinho ele tem: Gordon.
Asimov, em sua quase mitologia tecnológica, concebeu um cérebro "positrônico", para basear todos os autômatos de seus contos.
Naquela época, a eletrônica era rudimentar, mal estavam estreando diodos e transistores. O tal cérebro seria feito de platina, percorrido por fluxos de pósitrons, a simular ondas cerebrais. Mal podia imaginar o autor uma tecnologia envolvendo células vivas.
Barreira para o desenvolvimento da inteligência artificial, a construção de redes neurais artificiais demanda poder de processamento portentoso. Nosso cérebro tem 100 bilhões destas células, conectadas a cada cem, ou seja, uma rede com 10 trilhões de conexões!
Ainda que a capacidade computacional fosse suficiente, precisaríamos entender a organização das estruturas naturais. O modelo do neurônio artificial já está consolidado. Muitas pesquisas buscam desenvolver o hipotálamo artificial, uma das estruturas primárias necessárias. Um longo caminha a percorrer...
Solução mais prática encontrada: utilizar o que a natureza criou. Colocar os neurônios de um ratinho para funcionar, sob o comando humano, é o germe da manipulação desejada. Mesmo nesse caso, a rede tem pouco mais de uma centena de milhares de células. Mas já está aprendendo...
Tudo bem, seu objetivo é apenas aprender a se locomover e desviar de objetos. Justificam os cientistas, porque parecem sempre querer se justificar, que tais estudos colaborarão no avanço da medicina contra os maus de Alzheimer e Parkinson. Só não podemos esquecer a plasticidade neural...
Se a plasticidade estiver ligada à célula e sua capacidade de se adaptar, quais as garantias do seu futuro desenvolvimento? Podemos controlar os rumos realmente tomados? Será esse o experimento gerador do Cérebro?
Brincamos com a vida, ou ao menos seu potencial. Bem no futuro, como preconizava a ficção, se nossos brinquedos desenvolverem consciência, quais serão nossas responsabilidades éticas? Parecem deixar de aprender com o passado. Às vezes sinto que comemos novamente a maçã.
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