quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Diário

Jornais tradicionais, inéditas e crescentes dificuldades.

Publicar notícias impressas, diariamente, modelo sustentando anos a fio pela divulgação de propaganda. Tempos de informação vagarosa, ao menos para os padrões atuais.

Após o advento de uma rede como a Internet, a conectar tudo e todos, instantaneamente, faz sentido manter o ciclo diário da propagação diária de material impresso?

Há um esforço considerável em agregar notícias, dos diversos cantos do planeta, pautá-las e definir suas prioridades. Mesmo com a tecnologia disponível, a tarefa exige o empenho de pessoas, tempo, dinheiro, para ainda assim fatalmente chegar atrasada.

Mesmo com tantos esforços, as mídias neste formato, mantém a informação represada depois de produzi-la. Todo jornal impresso possui um portal, mas normalmente restringe o acesso às informações apenas para seus assinantes. Acaso não seria uma forma de começarem a recuperar terreno?

Propaganda na rede tem retorno em sites com conteúdo interessante, que atraem tráfego considerável. Parece ser o caso... Em momentos posteriores, a migração para novas periodicidades e formatos aconteceria naturalmente, adequando mais ainda o veículo aos novos tempos.

É inegável o conforto em possuir a mídia nas mãos. Haja vista o caso dos livros, sensível e irremediavelmente ligados à celulose! Os diários noticiosos ganhariam maior importância como semanais analíticos da informação produzida no último período. Ainda impressos em papel jornal, manteriam a portabilidade tão desejada.

O The New York Times segue rumo aos novos tempos, altivo com seu mais de um século de existência. Além da abertura irrestrita de seu conteúdo, outros tantos recursos disponíveis, como vídeos, personalização da página, RSS, intensificam a relação com o assíduo leitor.

Movimento iniciado, quanto mais demorarem, menores chances existirão. Reconquistar público e receita requererá esforço. Em novo cenário, inúmeras e ainda impensadas possibilidades poderão mudar nossa relação com a notícia. No futuro, o antigo nomão de imprensa até poderá se rebatizar como "The New Times".

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