Devo admitir, acho que estou ficando velho...
Ontem fui assistir ao já não tão lançamento "Batman - Cavaleiro das Trevas". Atraso justificado pelas novas responsabilidades da pós-natalidade. A vida muda.
Se posso eleger um herói preferido, seu nome é Batman. Talvez pela sua incidente humanidade. Sem grandes poderes, depende de sua sagacidade e preparo.
Vive a crise da dicotomia interna, a linha tênue entre o certo e o errado. Vingança ou justiça? Dilemas filosóficos comuns a qualquer pobre mortal, com um mínimo de lucidez.
A graphic novel "Cavaleiro das Trevas", lida há já um bom tempo, trazia o personagem em crises bem sombrias, mas pertinentes aos nossos problemas mundanos, extrapolados em paisagens futuras.
Comentar, ou criticar, um filme é tarefa inglória. Questão de gosto ou opinião, habita o mesmo mundo da religião, política e futebol. Difícil discutir.
Apesar dos pesares, me sinto compelido a fazê-lo. Gostei do filme, mas só. Fui com uma alta expectativa, mas acabei por ver mais do mesmo. É daquele tipo que vou ver e volto sem grandes mudanças, ou coisas a contar, ou vontades de rever.
Seu enredo é a mera reprodução do que está escrito. Aliás, adaptação. Peca na pirotecnia dos efeitos especiais. Abandona a sagacidade e leva a discussão dos conflitos interno a obviedades vistas em qualquer folhetim.
Inegáveis as boas atuações de Heath Ledger e Gary Oldman. O primeiro selando postumamente sua carreira com uma encarnação característica do vilão. O outro, mais uma vez camaleônico, absorto em sua incorporação completa da personagem. Mestre em sua arte.
A insanidade do Coringa resvala em algo do que seria feito nosso subconsciente. Resvala pela superficialidade. Instiga meio para dizer que sabe, aquilo que todos nós nos recusamos em reconhecer. Pretensamente tenta chocar. Banaliza.
Fim das contas: uma colorida e intrincada briga de dois malucos fantasiados. De bom mesmo, aí sim para instigar, uma reflexão do transformado em vilão, Duas Caras: "A única moralidade num mundo cruel é o acaso".
De qualquer jeito, ninguém sairá despirocando, no dia seguinte, pelo menos a imensa maioria. Cientes de nossos mais profundos monstrinhos, ou dos mais inquietantes anseios, levantaremos e iremos trabalhar, como todos os dias, sem nenhum "coringa" na manga.
Definitivamente, estou envelhecendo...
Ontem fui assistir ao já não tão lançamento "Batman - Cavaleiro das Trevas". Atraso justificado pelas novas responsabilidades da pós-natalidade. A vida muda.
Se posso eleger um herói preferido, seu nome é Batman. Talvez pela sua incidente humanidade. Sem grandes poderes, depende de sua sagacidade e preparo.
Vive a crise da dicotomia interna, a linha tênue entre o certo e o errado. Vingança ou justiça? Dilemas filosóficos comuns a qualquer pobre mortal, com um mínimo de lucidez.
A graphic novel "Cavaleiro das Trevas", lida há já um bom tempo, trazia o personagem em crises bem sombrias, mas pertinentes aos nossos problemas mundanos, extrapolados em paisagens futuras.
Comentar, ou criticar, um filme é tarefa inglória. Questão de gosto ou opinião, habita o mesmo mundo da religião, política e futebol. Difícil discutir.
Apesar dos pesares, me sinto compelido a fazê-lo. Gostei do filme, mas só. Fui com uma alta expectativa, mas acabei por ver mais do mesmo. É daquele tipo que vou ver e volto sem grandes mudanças, ou coisas a contar, ou vontades de rever.
Seu enredo é a mera reprodução do que está escrito. Aliás, adaptação. Peca na pirotecnia dos efeitos especiais. Abandona a sagacidade e leva a discussão dos conflitos interno a obviedades vistas em qualquer folhetim.
Inegáveis as boas atuações de Heath Ledger e Gary Oldman. O primeiro selando postumamente sua carreira com uma encarnação característica do vilão. O outro, mais uma vez camaleônico, absorto em sua incorporação completa da personagem. Mestre em sua arte.
A insanidade do Coringa resvala em algo do que seria feito nosso subconsciente. Resvala pela superficialidade. Instiga meio para dizer que sabe, aquilo que todos nós nos recusamos em reconhecer. Pretensamente tenta chocar. Banaliza.
Fim das contas: uma colorida e intrincada briga de dois malucos fantasiados. De bom mesmo, aí sim para instigar, uma reflexão do transformado em vilão, Duas Caras: "A única moralidade num mundo cruel é o acaso".
De qualquer jeito, ninguém sairá despirocando, no dia seguinte, pelo menos a imensa maioria. Cientes de nossos mais profundos monstrinhos, ou dos mais inquietantes anseios, levantaremos e iremos trabalhar, como todos os dias, sem nenhum "coringa" na manga.
Definitivamente, estou envelhecendo...
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