quarta-feira, 23 de julho de 2008

Certificação

Em meio às incertezas, precisamos nos certificar.

Conhecemos bem a história de certificados, com nossa tradição cartorial no Brasil. Em vários aspectos do cotidiano dependemos dos cartórios.

Herança lusitana, excesso de burocracia, tanto faz, vivemos muitas vezes a cata de algum reconhecimento para determinado documento.

Nem todas as sociedades vivem essa sina, com RGs, CPFs, CNPJs... Diversos países não têm esses registros gerais, típicos de nosso meio. Até nos espantamos quando negociamos com aquelas paragens.

Já faz tempo a onda dos certificados quebrou nas carreiras profissionais. Com o objetivo de atestar seus conhecimentos, diversas empresas e setores criaram certificados de proficiência profissional.

De capacitação em inglês, como os exames da Universidade de Cambridge, a habilitação em ferramentas de software, podemos ser avaliados por quase tudo.

Em especial, as certificações na área de TI se tornaram extremamente comuns. Empresas como Microsoft, ou instituições ligadas ao mundo Linux, oferecem variadas opções, em áreas e níveis de especialização.

Com o tempo, as próprias regras da certificação foram aprimoradas. Anteriormente, era usual tais títulos serem vitalícios. Atualmente, em sua grande maioria, possuem algum prazo de validade, sendo necessária sua reavaliação periódica.

Muito recentemente, chegamos ao exagero. Das últimas badalações da área, o programa Google Advertising Professional se tornou um título cobiçado. Quais as habilidades certificadas deste profissional? Saber explorar adequadamente os recursos do Adwords e Adsense do Google!

Tudo bem que a empresa é a sensação do mundo Web. Também é consenso a importância de técnicas como o SEO, e seus reflexos na obtenção de receitas com propaganda, meio promissor de rentabilidade nestes novos tempos. Daí a precisar se certificar como usuário avançado de uma ferramenta, há uma grande distância...

Tentador fazer um trocadilho com a sigla da certificação, GAP. Qual será a falha nessa história toda? O que falta para completar ou suprir? Só não falta é oportunidade para a idéia se difundir. Fora as altas remunerações pagas a estes novos profissionais...

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