terça-feira, 22 de julho de 2008

BrasilBev

"A solução pro nosso povo eu vou dar
Negócio bom assim ninguém nunca viu
Tá tudo pronto aqui é só vir pegar
A solução é alugar o Brasil". [1]

Raul Seixas
não viveu para conhecer uma solução alternativa a sua proposta em "Aluga-se". Em tempos de negócios bilionários, talvez uma boa solução seja vender parte do capital acionário para a AmBev (ou InBev, como preferir).

Notícia
da semana em toda a mídia internacional, a compra da Anheuser-Busch por um grupo empresarial brasileiro dá algumas pistas de como atingir a excelência administrativa.

Ao arrematar uma empresa-símbolo americana, eles construíram uma corporação que passa controlar 25% do mercado de cerveja mundial! A multinacional resultante, de controle brasileiro, será a quarta companhia de consumo no mundo, ficando atrás apenas de Procter&Gamble, Nestlé e Coca-Cola.

Como apresentado em matéria da revista Época, em sua última edição, o primeiro item na cultura responsável pelo fenômeno é a meritocracia. Numa estrutura que valoriza o mérito, as pessoas se preocupam em alcançar seu melhor desempenho, para merecerem sua contrapartida.

Associe-se então a obsessão por custos. Apesar de óbvio, vemos muitas pessoas, principalmente quando tratamos do bem público, despreocupados quanto aos recursos necessários para idéias mirabolantes. Sem contar com os casos de má fé. Neles os custos são muito interessantes, principalmente se forem elevados.

Por fim, cabe a discrição a todos os dirigentes. Ostentação é mal vista. O estilo low profile está muito mais difundido. Nem aparecer muito é costume. Padrão é se vestir informalmente, dispensando até a gravata no trabalho. Simplicidade de atuação. Importante é trabalhar!

Com idéias elementares e muito trabalho, esse grupo de brasileiros começou, há menos de 3 décadas, um negócio de US$ 60 milhões e o transformou em um império de US$ 81,7 bilhões. Só a última operação representa um negócio de US$ 52 bilhões. Significativo, não?

Sendo assim, com tamanho capital intelectual nacional, talvez seja possível arrumar o Brasil. A fórmula parece simples e aplicável ao cotidiano de qualquer pessoa. Quem sabe, no mínimo, o bem sucedido episódio sirva de inspiração para algum bom político mandatário. Continuamos esperançosos...

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