terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Posse

É hoje. Chegou a hora da verdade!

Ao menos o começo... Depois de tanta expectativa eleitoral e eleitoreira, toma possa no novo presidente americano, Barack Obama (o 44º, lá eles contam). Haja coragem!

Nas prévias sobre o rumo que assumirá parece demonstrá-la... Segundo a mídia, fará referência e menção, durante a posse, a dois grandes presidentes de seu país: Abraham Lincoln e Franklin Delano Roosevelt.

O primeiro enfrentou o regime escravagista e a Guerra de Secessão. Já o segundo comandou o país durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Ambos foram vitoriosos e serão eternamente lembrados pelo seu povo.

Grandes expectativas geram o problema de que a frustração pode ser proporcionalmente intensa. Conseguirá Obama desencavar o espírito heroico e enfrentar os imensos desafios contemporâneos?

Seus antecessores tinham condições diferentes em seu tempo. Ainda que fossem semelhantes, e ele possuísse as mesmas qualidades, quem garante que os resultados seriam os mesmos? Vício antigo de tentar projetar o futuro, baseados no passado. Infelizmente, é tudo o que temos...

Ele recebe um país economicamente combalido, apesar de ainda ser "a" grande potência mundial nas mais diversas áreas. O rombo atual passa da casa dos trilhões de dólares! É difícil imaginar a dimensão do peso de todo esse dinheiro.

Herda duas guerras, Afeganistão e Iraque, grandes trapalhadas infelizes. A batata quente caiu no seu colo e dele será difícil repassar. À primeira vista, qualquer ação tomada ganhará contornos de insucesso. Quais cartas na manga ele terá?

Sobre a crise do crédito imobiliário, nem precisamos lembrar. Pé da rasteira tomada por sua nação, todas as medidas até o momento somente resvalam no monstro criado. Abatê-lo exigirá empenho e inteligência muito maiores.

Encontrará um país com ideologias retrógradas e fechadas reacendidas. A última gestão conseguiu trazer à tona temas como o criacionismo e a desmotivação de pesquisas com células-tronco. Alguns anos podem ter se perdido.

Pelo mundo, a imagem do país está arranhada, com tantas intransigências e unilateralidades. O Oriente Médio vê o agravamento de seu principal conflito e os estilhaços inevitavelmente espirram na grande nação americana. A futura secretária de Estado, Hillary Clinton, deixa clara a compreensão do drama, ao pronunciar a frase: "Temos de construir um mundo com mais parceiros e menos adversários".

Como não fossem suficientes os problemas econômicos e políticos, ainda terá de enfrentar a marcação serrada, devido a suas origens e cor da pele. Seus próximos anos serão dureza. Tarefa para um mítico herói. A contar pelas poucas linhas deste post, veremos pelo menos a história dos "Nove Trabalhos de Obama".

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