sábado, 17 de janeiro de 2009

Erro

"Quem nunca errou, que atire a primeira pedra!"

Constatação ancestral da imperfeição humana, a ideia expressa na frase acima corrobora com a história de que "errar é humano".

Errar, preocupação ou tema antigo. Vivemos a volta com o temor de cometer um erro. Apesar da ciência da possibilidade... É frustrante!

Tal possibilidade parece desafiar nossas pretensões a divindade. Para quem se vê construído à imagem e semelhança do divino, é difícil assumir o defeito de fabricação.

Possivelmente, por este motivo, vieram com o eufemismo de que "aprendemos com nossos erros". Problema resolvido. Além de ser normal, errando estamos nos melhorando de alguma forma.

Lição do mestre Mário Sérgio Cortella, em seu livro "Qual é a tua obra?": Não aprendemos com nossos erros, mas com o seu reparo. Quando entendemos e assumimos nossas falhas e, em seguida, buscamos consertá-las, compreendemos melhor as situações e condições para não repeti-las.

Relembra bem a história de Thomas Edison, ícone dos inventores e empreendedores, que precisou de mais de mil tentativas para produzir a lâmpada elétrica. Dentre tantos erros, ele fazia questão de pontuar que havia apreendido 1.430 formas de como não fazer uma lâmpada.

Dependendo da postura adotada frente ao erro, aprendemos mais até de nós mesmos, muito além dos alvos de nossa tarefa ou estudo. Exercitamos o reconhecimento de nossas incapacidades, desencavando o espírito da humildade.

Sim, assim conseguimos aproveitar as derrapadas, com um misto de reflexão e atitude. Pena grande parte das pessoas optar pela via da omissão. Omitir, tentar esconder, mas de quem? Em certa medida, oportunidades únicas destas devem ser exploradas. De resto, vale a antiga máxima de "sacudir a poeira e dar a volta por cima".

Um comentário:

Anônimo disse...

Erro?

Equívoco, talvez seja a melhor definição do que aconteceu.

Erro seria não estar alerta para aquilo que se consome.

Um soldado alerta, no meio do combate, mira um camarada de batalhão, mas não atira. Não atira porque está atento.

Perceber o equívoco e corrigir o curso das atitudes não é erro. Aliás, equívocos não surgem de erros.