domingo, 18 de janeiro de 2009

Encontro

Inúmeros são os encontros pela vida.

Encontramos pessoas ou pessoas, ideias, ideais, empáticos motivos para amarmos. Algo se liga, se conecta profundamente em nossa alma, capaz de nos transformar.

Encontro é resultado de contato, convivência, paciência e uns tantos outros ingredientes capazes de criar e fortalecer uma relação. Construção de sociedade coesa e humana.

Ouvi hoje que para afirmarmos que conhecemos alguém precisamos comer, compartilhar, uma saca de sal inteira. Como se fossem insuficientes os "salgados" cotidianos.

Porém, a referência não está no dissabor de tanta salmoura. Tal quantidade de sal não é para ser consumida de uma vez só, de única e difícil leva.

O sal, usado em tão pequena quantidade frente a outros ingredientes, é gasto em pitadas, pequenas porções, salpicos. Sendo assim, o consumo de tamanha quantidade, cerca de 60 kg, será lento e demorado, tempo suficiente para o amadurecimento do conhecer.

Encontrar profundamente, fortemente, elevando e extraindo o melhor de cada um. Segue por aí a Pedagogia do Encontro, filosofia elaborada e difundida por Alfonso López Quintás. Pautar nossos atos na busca de encontrar os outros pode ser a chave para problemas modernos.

Oposta ao encontro é a separação. Separados sentimos saudades, desejamos a volta, re-encontrar. Saudade, sentimento complexo, de tantas formas explicado, mas sentido apenas de uma. carecemos da força e energia complementares daqueles que conquistaram parte de nós.

Entre encontros e desencontros, construímos nosso futuro. Disponíveis aos momentos possíveis, usufruíremos dos melhores resultados da união. De todas as lógicas existentes, a única capaz de promover plenamente o encontro universal, é a lógica do amor, indistinta e sinceramente.

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