domingo, 30 de novembro de 2008

Vigília

Em vigília, acendemos a primeira vela do advento.

Afinal, o que há de vir? O que estamos esperando? Quais são nossos anseios e expectativas? Iluminamos nosso horizonte com a coroa de velas, para recebermos a boa mensagem que chega.

Em uma humanidade que parece dividida em contínua discórdia, sentimos dificuldade em esperançar... Forças contrárias ao bem comum sugerem maior número e intensidade.

Renovamos anualmente nossas esperanças, em uma existência mais fraterna, mais humana, mais solidária. Com muita fé e convicção na superioridade do amor, aguardamos serenamente.

Os votos anuais são guias para nosso caminho cotidiano. De nada adianta apenas aguardar todos anos. Carecemos de ação, de colocar em prática todos os nossos valores, os mais sublimes, mesmo que o mundo grite o contrário em nossos ouvidos.

Precisamos nos reconciliar com a vida. Alguém que não cuida bem nem de sua morada certamente enfrentará problemas. Basta olharmos os sinais de degradação ambiental espalhados pelo planeta...

Também devemos olhar para o outro, como pessoa, como próximo. Reconhecer no semelhante os traços divinos da existência é o primeiro passo. Esforçar-se para caminhar em sua direção, em seu auxílio, é o mote para o encontro pleno de uma sociedade mais próspera.

Entre desafios e desejos seguimos... Os limites da estrada da vida definem o trajeto. Avançamos, mesmo que a pequena velocidade, rumo a consolidação dos sonhos mais antigos de nossa espécie. Paulatinamente galgamos os degraus da sublimação da realeza do espírito humano.

Devemos ficar atentos aos sinais! A atenção e a vigília são essenciais para estarmos despertos e aptos a colaborar. Cada pequena oportunidade se faz imensa chance de construir algo melhor. Em casa, na família, no trabalho, em todo lugar, façamos presente a experiência de amar.

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