Invadiram minha casa!
Calma, não se trata de alguma tomada ilegal de imóvel. Nem, muito menos, uma revolução comunista a realocar pessoas, como ainda temem algumas pessoas.
A invasão é de ritmo e gênero muito mais divertido e agradável. Um movimento paulatino, revolucionador sim, mas da vida, num sentido irreversível.
Desde a preparação para a chegada da herdeira, uma série de modificações se processaram em nosso ambiente, nos recantos do lar. Todos muito utilitários, necessários, para receber a nova pessoinha.
Esses dias, ao me sentar na sala para o café da manhã, percebi uma alteração de cenário muito mais importante e gostosa. Nossa casa foi invadida pelos mais diversos e coloridos bichinhos de pelúcia, bonequinhos e apetrechos de borracha macia.
Só no sofá permaneciam dois, esparramados, donos do seu lugar. Pista inquestionável de que lá reside um ser humano pequenino, interessadíssimo em observar e morder. Chega a dar dó dos delicados brinquedos, tamanha as investidas sofridas dias a fio. E como são resistentes!
Sua presença presenteia a casa com um novo colorido. Sai o sisudo ar de dois adultos, entra a singela e pura confusão de um infante. O rastro é inconfundível. Peixinhos, tartarugas, caracóis, pés ou figuras geométricas, tanto faz. Importante mesmo são sua textura e suas cores, alegria do tato e paladar.
Lógico que sempre tem uma salivinha agregada. Aliás, salivinha é eufemismo puro. Como pode ser tão intensa a produção por alguém tão pequenino? O mundo corre o risco de acabar num volumoso oceano de baba!
Paternidade implica em certo desprendimento. Desapego de frescuras, muito comuns por sinal, vinculadas a limpeza e higiene. Não que fiquemos menos cuidadosos, afinal é essencial para o cuidado do bebê. Só não nos incomodamos tanto com uma babada aqui, outra regurgitada ali e algumas novas manchas na camisa, no sofá, no tapete.
A vivência do amor é infinitamente maior do que qualquer firula material possível de se imaginar. Relevância inquestionável da nova vida, do fruto, do alvo incomensurável de atenção. Novos objetivos, novos focos, visão renovada e felicidade inimaginável!
Acostumamos rapidamente com os invasores. Até colaboramos bastante com a invasão, trazendo diversas vezes novos integrantes para frente de batalha. Queremos mais dessa presença, mais dessa lembrança, se deixar entregar ao novo ambiente e nos deliciarmos com tantos gritinhos, sorrisos e chorinhos.
Calma, não se trata de alguma tomada ilegal de imóvel. Nem, muito menos, uma revolução comunista a realocar pessoas, como ainda temem algumas pessoas.
A invasão é de ritmo e gênero muito mais divertido e agradável. Um movimento paulatino, revolucionador sim, mas da vida, num sentido irreversível.
Desde a preparação para a chegada da herdeira, uma série de modificações se processaram em nosso ambiente, nos recantos do lar. Todos muito utilitários, necessários, para receber a nova pessoinha.
Esses dias, ao me sentar na sala para o café da manhã, percebi uma alteração de cenário muito mais importante e gostosa. Nossa casa foi invadida pelos mais diversos e coloridos bichinhos de pelúcia, bonequinhos e apetrechos de borracha macia.
Só no sofá permaneciam dois, esparramados, donos do seu lugar. Pista inquestionável de que lá reside um ser humano pequenino, interessadíssimo em observar e morder. Chega a dar dó dos delicados brinquedos, tamanha as investidas sofridas dias a fio. E como são resistentes!
Sua presença presenteia a casa com um novo colorido. Sai o sisudo ar de dois adultos, entra a singela e pura confusão de um infante. O rastro é inconfundível. Peixinhos, tartarugas, caracóis, pés ou figuras geométricas, tanto faz. Importante mesmo são sua textura e suas cores, alegria do tato e paladar.
Lógico que sempre tem uma salivinha agregada. Aliás, salivinha é eufemismo puro. Como pode ser tão intensa a produção por alguém tão pequenino? O mundo corre o risco de acabar num volumoso oceano de baba!
Paternidade implica em certo desprendimento. Desapego de frescuras, muito comuns por sinal, vinculadas a limpeza e higiene. Não que fiquemos menos cuidadosos, afinal é essencial para o cuidado do bebê. Só não nos incomodamos tanto com uma babada aqui, outra regurgitada ali e algumas novas manchas na camisa, no sofá, no tapete.
A vivência do amor é infinitamente maior do que qualquer firula material possível de se imaginar. Relevância inquestionável da nova vida, do fruto, do alvo incomensurável de atenção. Novos objetivos, novos focos, visão renovada e felicidade inimaginável!
Acostumamos rapidamente com os invasores. Até colaboramos bastante com a invasão, trazendo diversas vezes novos integrantes para frente de batalha. Queremos mais dessa presença, mais dessa lembrança, se deixar entregar ao novo ambiente e nos deliciarmos com tantos gritinhos, sorrisos e chorinhos.
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