Todos à batalha!
Primeira investida, colunas formadas, mas não me arrisco a avançar. Os oponentes formam fileiras cerradas, dificilmente conseguiria avançar para o outro lado.
Alguns minutos depois, nova oportunidade. Espero o momento certo, encontrar uma brecha na trincheira. Inesperadamente, um companheiro afoito se lança primeiro e consegue entrar.
Volto à leitura. Em breve, poucos instantes, terei outra chance para tentar. Deixo a confusão à minha volta e me entrego à voz interior, a alguma reflexão.
Naqueles curtos instantes para a próxima investida, fico a perguntar o motivo desta rotina, quase diária. Valerá a pena? O que perderemos, além do tempo, enquanto estamos aqui?
O momento se aproxima para novo avanço. Algumas fileiras a minha frente já caíram. Conseguiram transpor as colunas à frente e prosseguiram. Procuro me aprumar, estar posicionado para a melhor atuação.
Dura essa vida de batalha. É preciso certo desprendimento com o outro. A melhor adaptação não é a que preserva o semelhante, mas a que ignora sua condição, mesmo em pequena escala, mesmo por aqueles breves momentos.
Chegado ao ponto do conflito, me acovardo, em parte pelos volumes que carrego. O espaço nas trincheiras é exíguo, mal eu conseguiria ultrapassar, minhas bolsas ficariam para trás, possivelmente presas na porta, a atrapalhar o bom fluxo da contenda.
Tudo bem... Em menos de dois minutos poderei me redimir. Estou em campo a cerca de 10 minutos e minhas chances se extinguem rapidamente. O passar dos minutos avoluma os batalhões. Corro o risco de me atrasar!
Conto com boas condições no momento. Frente da coluna, posicionamento ideal pelos corredores e, no momento do confronto, uma dádiva de espaço considerável para manobra. Com agilidade adquirida nos anos de experiência, adentro as linhas opositoras e me posiciono.
Agora basta suportar a estação Brás e sua horda de invasores. A descida na Sé é quase garantida, apesar de sofrida. Desce quem deseja e quem também não. Dia após dia seguimos essa batalha, no caminho matutino e diário para a labuta.
Um viva a todos os bravos guerreiros da disputa cotidiana!
Primeira investida, colunas formadas, mas não me arrisco a avançar. Os oponentes formam fileiras cerradas, dificilmente conseguiria avançar para o outro lado.
Alguns minutos depois, nova oportunidade. Espero o momento certo, encontrar uma brecha na trincheira. Inesperadamente, um companheiro afoito se lança primeiro e consegue entrar.
Volto à leitura. Em breve, poucos instantes, terei outra chance para tentar. Deixo a confusão à minha volta e me entrego à voz interior, a alguma reflexão.
Naqueles curtos instantes para a próxima investida, fico a perguntar o motivo desta rotina, quase diária. Valerá a pena? O que perderemos, além do tempo, enquanto estamos aqui?
O momento se aproxima para novo avanço. Algumas fileiras a minha frente já caíram. Conseguiram transpor as colunas à frente e prosseguiram. Procuro me aprumar, estar posicionado para a melhor atuação.
Dura essa vida de batalha. É preciso certo desprendimento com o outro. A melhor adaptação não é a que preserva o semelhante, mas a que ignora sua condição, mesmo em pequena escala, mesmo por aqueles breves momentos.
Chegado ao ponto do conflito, me acovardo, em parte pelos volumes que carrego. O espaço nas trincheiras é exíguo, mal eu conseguiria ultrapassar, minhas bolsas ficariam para trás, possivelmente presas na porta, a atrapalhar o bom fluxo da contenda.
Tudo bem... Em menos de dois minutos poderei me redimir. Estou em campo a cerca de 10 minutos e minhas chances se extinguem rapidamente. O passar dos minutos avoluma os batalhões. Corro o risco de me atrasar!
Conto com boas condições no momento. Frente da coluna, posicionamento ideal pelos corredores e, no momento do confronto, uma dádiva de espaço considerável para manobra. Com agilidade adquirida nos anos de experiência, adentro as linhas opositoras e me posiciono.
Agora basta suportar a estação Brás e sua horda de invasores. A descida na Sé é quase garantida, apesar de sofrida. Desce quem deseja e quem também não. Dia após dia seguimos essa batalha, no caminho matutino e diário para a labuta.
Um viva a todos os bravos guerreiros da disputa cotidiana!
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