domingo, 9 de novembro de 2008

Templos

Templos da vida, moradas do amor!

Humanos que somos, carregamos o germe da energia vital presente no Universo. Sem nossa existência, o amor nunca existiria, somos sua premissa.

Em toda nossa história, construímos templos para buscarmos nossa reconexão com o divino. Erigimos palácios, enfeitamos suas paredes, marcamos um lugar para lembrar.

Comumente confundidos o local com o valor. Esquecemos onde habita o valor imutável, eterno, indiscutível de nossa veneração: o outro, nosso próximo e em nós mesmos.

Investimos pesado para em surpreendentes edificações conquistarmos a divindade. Almejamos o céu! Repetimos as mobilizações, reconstruímos diversas vezes outra nova Torre de Babel.

Em São Paulo, teremos brevemente novos templos gigantescos. De distintas orientações religiosas (católicos, evangélicos e judeus), todos são suntuosas construções para ganhar destaque e brilho, chamar a atenção em meio a nossa cidade.

Contados aos milhares, os lugares disponíveis para o culto impressionam. Em um dos locais, haverá 100 mil deles! Haja fiéis para preencher o espaço e para suportar o tumulto... Fé ou algum outro tipo de impulso, que provoca nossa compreensão.

Outro exemplar será uma réplica do Templo de Salomão. Curiosamente, foi naquele templo que Jesus, de chicote em mãos, expulsos ferozmente os mercadores da fé. Mais do que simplesmente expulsar, ele clamou pela atenção aos verdadeiros templos.

Tais esforços de construção representam maior presença de amor e fé? Nossa metrópole se tornará mais humana com estas estruturas de cimento e pedra? Somente quando cuidarmos dos verdadeiros templos conquistaremos uma comunidade mais fraterna e divina.

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