Quanta diferença por alguns numerozinhos...
As pessoas adoram versões. No fundo, adoram possuir a última versão. Mal consumista, não importa nem a utilidade, desde que tenhamos o último lançamento.
O fenômeno já é tratado, e aproveitado, há muito tempo. O jurássico Dbase 2 nunca teve uma versão 1. Pura jogada, para fomentar a curiosidade e o anseio de não estar para trás.
No meio editorial tecnológico, a sacada também foi utilizada no livro de Esther Dyson, chamado "Release 2.0". A origem do título decorre da existência de sua coluna "Release 1.0", mas como obra impressa funciona bem o estímulo da novidade...
Vejamos só o caso da família do patriarca MP3. Dos primeiros tipos de padrão de compressão de áudio, se tornou sucesso pelo tamanho dos arquivos e sua qualidade aceitável. Não demorou para surgirem os MP3 players, logo apelido apenas como MP3. Padrão e gadget se confundiram com a mesma nomenclatura.
Aí alguém teve a feliz idéia de batizar o padrão de compressão de áudio e vídeo como MP4. Infeliz escolha para rapidamente ser associada com alguma "evolução"! Não demorou para os players portáteis de áudio e vídeo (MP4 players) serem nomeados apenas como MP4...
No final de ano passado, um colega do trabalho estava procurando MP5s para comprar para os filhos. Opa! MP5? Teriam criado algum outro padrão de compressão? Quem sabe, mesmo o baixo clero, está envolvido com o governo federal, negociando MPs! Felizmente está bem longe de ser isso.
Colocaram mais algumas funções nos players portáteis de mídia e aumentaram sua versão: MP5. É o mesmo que o MP4, mais uma câmera fotográfica e filmadora digital. Triste ilusão achar que tudo acabou no número 5...
Este mês, um outro colega foi procurar um celular para comprar. Estava difícil encontrar, apesar de ver aparelhos nas vitrines. Ao perguntar ao vendedor, recebeu o esclarecimento: "Esse não é um celular, é um MP9"! MP9??????
Pois é, caros leitores, as últimas notícias dão conta de que já chegamos ao MP11. A curiosidade pelas denominações valeu uma pesquisa da genealogia dos MPs. Cada nova função, uma nova versão, mesmo que os produtores orientais chamem todos apenas de portable media player.
Até o MP5 está desvendado. O MP6 é o MP5 com funções de celular. MP7 seu antecessor com receptor de TV. MP8 é seu irmão mais velho com tela sensível ao toque. Ao MP9 foi adicionado a capacidade de receber dois chips SIM, para utilizar telefonia GSM com duas linhas telefônicas simultâneas.
Último lançamento, o MP10 tem sensor de posicionamento e shakecontrol. Já o MP11, prometido e ainda pouco visto, virá com Wi-Fi. Chegamos ao verdadeiro iPhone "Xing-Ling"! Sem esquecer que com um preço muito mais acessível e com receptor de TV. Só é difícil garantir que não vai fritar o cérebro de alguém...
As pessoas adoram versões. No fundo, adoram possuir a última versão. Mal consumista, não importa nem a utilidade, desde que tenhamos o último lançamento.
O fenômeno já é tratado, e aproveitado, há muito tempo. O jurássico Dbase 2 nunca teve uma versão 1. Pura jogada, para fomentar a curiosidade e o anseio de não estar para trás.
No meio editorial tecnológico, a sacada também foi utilizada no livro de Esther Dyson, chamado "Release 2.0". A origem do título decorre da existência de sua coluna "Release 1.0", mas como obra impressa funciona bem o estímulo da novidade...
Vejamos só o caso da família do patriarca MP3. Dos primeiros tipos de padrão de compressão de áudio, se tornou sucesso pelo tamanho dos arquivos e sua qualidade aceitável. Não demorou para surgirem os MP3 players, logo apelido apenas como MP3. Padrão e gadget se confundiram com a mesma nomenclatura.
Aí alguém teve a feliz idéia de batizar o padrão de compressão de áudio e vídeo como MP4. Infeliz escolha para rapidamente ser associada com alguma "evolução"! Não demorou para os players portáteis de áudio e vídeo (MP4 players) serem nomeados apenas como MP4...
No final de ano passado, um colega do trabalho estava procurando MP5s para comprar para os filhos. Opa! MP5? Teriam criado algum outro padrão de compressão? Quem sabe, mesmo o baixo clero, está envolvido com o governo federal, negociando MPs! Felizmente está bem longe de ser isso.
Colocaram mais algumas funções nos players portáteis de mídia e aumentaram sua versão: MP5. É o mesmo que o MP4, mais uma câmera fotográfica e filmadora digital. Triste ilusão achar que tudo acabou no número 5...
Este mês, um outro colega foi procurar um celular para comprar. Estava difícil encontrar, apesar de ver aparelhos nas vitrines. Ao perguntar ao vendedor, recebeu o esclarecimento: "Esse não é um celular, é um MP9"! MP9??????
Pois é, caros leitores, as últimas notícias dão conta de que já chegamos ao MP11. A curiosidade pelas denominações valeu uma pesquisa da genealogia dos MPs. Cada nova função, uma nova versão, mesmo que os produtores orientais chamem todos apenas de portable media player.
Até o MP5 está desvendado. O MP6 é o MP5 com funções de celular. MP7 seu antecessor com receptor de TV. MP8 é seu irmão mais velho com tela sensível ao toque. Ao MP9 foi adicionado a capacidade de receber dois chips SIM, para utilizar telefonia GSM com duas linhas telefônicas simultâneas.
Último lançamento, o MP10 tem sensor de posicionamento e shakecontrol. Já o MP11, prometido e ainda pouco visto, virá com Wi-Fi. Chegamos ao verdadeiro iPhone "Xing-Ling"! Sem esquecer que com um preço muito mais acessível e com receptor de TV. Só é difícil garantir que não vai fritar o cérebro de alguém...
3 comentários:
É verdade, Evandro, MP11 é demais. Mas é coisa do mercado brasileiro. Os comerciantes é que ficaram nomeando assim. Lá fora não há referências sobre MP5 até o MP11. A resposta do vendedor 'especializado' que o aparelho não era um celular e sim um MP9 é coisa de Brasil mesmo; só pode ser.
tem mp12 ou parou por ai?(por enquanto)
Alinex,
Sua pergunta vale pesquisa!
Dependendo do tempo para resposta, podemos estar bem próximos do mencionado MPX.
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