quinta-feira, 17 de abril de 2008

Notoriedade

Notoriedade é desejo comum a muitas pessoas.

Síndrome da época das celebridades, em meio a Idade Mídia? Ou necessidade ancestral, transformada ao longo da história nos mais diversos formatos?

Na infância uma das formas é se tornar um super-herói. Ter superpoderes para combater o mal e ajudar as pessoas. Muitos fãs, admiradores e seguidores estarão à sua volta.

Carência infantil, resultado de algum dos complexos Freudianos? Necessidade de atenção para a aceitação social? Altruísmo inato a conectar toda a espécie?

Os sonhos podem ganhar escopos mais abrangentes. Cientista com reconhecimento internacional, por alguma descoberta milagrosa. Grande cineasta, ilustrador das maravilhas de vida na grande tela. Político salvador da nação, solução de grandes dilemas nacionais.

Ampliar o escopo não elucida mais a questão. Exemplos distintos, citados aos montes, não colaborarão para um melhor entendimento. Desconfio ser um código escrito em nossos genes, implantado para proporcionar constante evolução, permanente busca por melhoria e melhor adaptação.

Como seres sociais, esquecemos do poder do indivíduo comum, da capacidade de agregação de pequenas forças. O velho bordão: a união faz a força! Mesmo os notórios viveram com, e dependeram muito dos, comuns.

Joseph Campbell
, em seu "O Herói de Mil Faces", nos oferece uma excelente chave para compreensão melhor desse sentimento de tijolinho:

"A sociedade inteira se torna visível a si mesma como unidade viva imperecível. As gerações de indivíduos passam, como células anônimas num corpo vivo; mas a forma mantenedora e intemporal permanece".

Que tal a eternidade celular?

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