sábado, 19 de abril de 2008

Conforto

Mudanças nos removem da zona de conforto.

Alguns podem se incomodar mais, outros menos, mas fato é toda pessoa sentir o efeito de mudanças. Mudanças de comportamento, de emprego, de vida ou de residência, todas são promotoras de instabilidade.

As residenciais são as mais concretas, mais fáceis de se perceber o deslocamento. Formamos vínculos com nosso local de viver, com nosso sítio. Existem pessoas mais nômades, existem as mais fixas. A ligação sempre existirá, seja qual for seu tempo.

Quanto mais tempo em um local, mais elementos acumulamos, sem perceber. Na preparação da mudança tomamos consciência de quanto mantemos conosco. Inventariamos grande parte de nossa vida, ao recordar os diversos itens adquiridos durante nossa permanência em algum lugar.

E são tantas coisas, mesmo que poucos, para organizar e levar...

Arranjos neurais, estruturas em rede de neurônios, representam nossas informações cerebralmente armazenadas. Quanto mais as reforçamos, mais fortificamos a rede. Com mais tempo de existência, se periodicamente as ativamos, mais reforçamos.

Sentir a mudança deve guardar relação com essa forma de armazenamento neural. Mudar implica formar novos arranjos, guardar novas estruturas de memória e procurar otimizar as antigas. É trabalho árduo para um cérebro, depois de construí-las por tanto tempo.

Sem dúvida deve-se gastar muita energia... Para ambas atividades!

Importante é não reagir negativamente. Resistir à situação de alteração. Melhor é encontrar o aprendizado proporcionado. Perceber a importância da reavaliação, de pesar as novas condições, às vezes até mesmo os novos valores.

Certo mesmo é que na vida só não se altera a contínua mudança.

Nenhum comentário: