Eaaaaartthhhhhhhquaaake!
Inúmeras vezes fiz graça com o grito de alerta dos filmes americanos e, no caso dos mais antigos, com sua fake simulação do balanço sentido. A natureza não deixa barato...
Ontem à noite, pude sentir, como boa parte dos habitantes de São Paulo, os efeitos de um abalo sísmico de verdade. Tivemos o "privilégio" de observar um dos 10 maiores da história do país.
Eu estava deitado no chão, assistindo TV, e sentido meu corpo balançar. Achei que algo errado ocorria comigo... Olhei para o notebook, em cima da mesa, e observei seu monitor chacoalhar intensamente.
Levantei e senti total falta de equilíbrio. Ainda não tinha me dado conta do que estava a ocorrer. Ouvi o sininho de vento, pendurado na área de serviço. Fui até lá e pude vê-lo oscilar num ângulo de mais de 45 graus.
Voltei à sala, abri a janela, e o bairro inteiro repousava em paz. Também, o que será que eu esperava ver? Discos voadores chegando? Um meteoro em meio a uma enorme cratera? Isso deve ser muita influência de Hollywood.
Para confirmar minha sanidade, voltei à área de serviço e parei o pêndulo do sino de vento. Ao soltá-lo, ele voltou a oscilar com a mesma intensidade. Devo ter entrado em pânico! Mil idéias e imagens se passaram em minha cabeça. O que fazer?
Esposa no banho, grávida de 8 meses. Onze andares acima do solo. Saída recomendável em emergências, apenas a escada. Ao retornar a sala, as cortinas balançavam tanto quanto o pêndulo. Hesitei, resolvi não alertar minha esposa, e decidi aguardar o término do evento. Fosse qual fosse...
Finalmente o mundo parou. Novamente. Tudo como antes. Já havia procurado na Internet, mas a informação não é tão instantânea. Uns quinze minutos depois começaram a pipocar as notícias explicando o fenômeno. Abalo de 5,2 na escala Richter, com epicentro no mar de São Vicente.
Vivi quase a vida toda em apartamentos. Já presenciei abalos e tremores. Por sinal, no meu apartamento de infância a linha férrea em seus fundos o fazem tremer constante. Ontem foi a primeira vez que me senti inseguro.
A oscilação certamente foi de poucos milímetros. O problema é estarmos acostumados à completa estabilidade de nosso chão. Nosso organismo e sistema vestibular nos dão uma sensação de constância eterna.
Pequenos abalos são bons perturbadores de nosso sossego. Só para lembrarmos a efemeridade de nossa existência!
Inúmeras vezes fiz graça com o grito de alerta dos filmes americanos e, no caso dos mais antigos, com sua fake simulação do balanço sentido. A natureza não deixa barato...
Ontem à noite, pude sentir, como boa parte dos habitantes de São Paulo, os efeitos de um abalo sísmico de verdade. Tivemos o "privilégio" de observar um dos 10 maiores da história do país.
Eu estava deitado no chão, assistindo TV, e sentido meu corpo balançar. Achei que algo errado ocorria comigo... Olhei para o notebook, em cima da mesa, e observei seu monitor chacoalhar intensamente.
Levantei e senti total falta de equilíbrio. Ainda não tinha me dado conta do que estava a ocorrer. Ouvi o sininho de vento, pendurado na área de serviço. Fui até lá e pude vê-lo oscilar num ângulo de mais de 45 graus.
Voltei à sala, abri a janela, e o bairro inteiro repousava em paz. Também, o que será que eu esperava ver? Discos voadores chegando? Um meteoro em meio a uma enorme cratera? Isso deve ser muita influência de Hollywood.
Para confirmar minha sanidade, voltei à área de serviço e parei o pêndulo do sino de vento. Ao soltá-lo, ele voltou a oscilar com a mesma intensidade. Devo ter entrado em pânico! Mil idéias e imagens se passaram em minha cabeça. O que fazer?
Esposa no banho, grávida de 8 meses. Onze andares acima do solo. Saída recomendável em emergências, apenas a escada. Ao retornar a sala, as cortinas balançavam tanto quanto o pêndulo. Hesitei, resolvi não alertar minha esposa, e decidi aguardar o término do evento. Fosse qual fosse...
Finalmente o mundo parou. Novamente. Tudo como antes. Já havia procurado na Internet, mas a informação não é tão instantânea. Uns quinze minutos depois começaram a pipocar as notícias explicando o fenômeno. Abalo de 5,2 na escala Richter, com epicentro no mar de São Vicente.
Vivi quase a vida toda em apartamentos. Já presenciei abalos e tremores. Por sinal, no meu apartamento de infância a linha férrea em seus fundos o fazem tremer constante. Ontem foi a primeira vez que me senti inseguro.
A oscilação certamente foi de poucos milímetros. O problema é estarmos acostumados à completa estabilidade de nosso chão. Nosso organismo e sistema vestibular nos dão uma sensação de constância eterna.
Pequenos abalos são bons perturbadores de nosso sossego. Só para lembrarmos a efemeridade de nossa existência!
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