quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Viver

"Viva como se fosse morrer amanhã. Aprenda como se fosse viver para sempre.".

A sabedoria de Gandhi é abrangente, aborda dos problemas mundiais até os dilemas do cotidiano. Possivelmente tudo está ligado, pessoal e comunitário, público e privado.

Reconhecer a necessidade de aproveitar o presente é a chave para o caminho da felicidade. Um presente consciente do futuro e valorizado pelo passado.

Não se trata de negligenciá-los ou omití-los, nem tão pouco de cultivar o pragmatismo. Trata-se de valorizar cada precioso minuto de seu dia, identificar seu potencial e procurar obter dele o melhor.

Aprender como se fosse viver eternamente é um desafio para mim. Jamais por não desejá-lo, mas por praticar intensamente.

Demorei muito tempo para aprender a selecionar o que aprender, a concentrar esforços em determinados assuntos. Ninguém consegue ser uma biblioteca ambulante, apesar da patologia insana dos loucos por informação.

Em nosso tempo, de mundo digital, de grandes transformações, o conhecimento é mais dinâmico do que nunca foi, agravando a dificuldade em obtê-lo. Será possível? Ou conhecimento é algo vivo, vivido, com o qual devemos aprender a lidar e não deter?

Aprender com a possibilidade de eternidade se revela mais interessante do ponto de vista de aceitação, de se permitir receber idéias, sabedoria, com a gratidão para a natureza que nos a oferece.

Em ambos os preceitos, o segredo é o equilíbrio. Ele é permanentemente desafiado pelas duas afirmações com idéias contrapostas, em cada frase. No deslizar entre os dois extremos, o melhor ponto está no meio.

Difícil pode ser, mas como não viver desafiado?

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