"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer as injustiças,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.".
Em discurso no Senado Federal, no ano de 1914, o então senador Ruy Barbosa proferiu as palavras acima. É cruel constatar que, desde lá, ano após ano, poucas evidências são encontradas em nossa política para contrariá-lo.
Nos últimos meses, as discussões sobre impostos ilustram bem a situação da discussão política em nossa nação.
Nenhuma lei ou projeto é discutido com referência aos benefícios ou influências na vida das pessoas. A última preocupação parece ser o bem-estar dos 'comuns'. Toda discussão gira em torno de agradar a oposição ou combater o governo, como num jogo infantil de disputa de poder.
Ambos os lados sofrem de um encurtamento da visão. A distância mais longa que enxergam é o período da próxima eleição. São incapazes até de ouvir os ecos de outras ações negligentes com o "longo prazo". É sintomática a situação de "correr atrás do prejuízo".
Num mar de eufemismos, metáforas e colocações inadequadas, ficamos com a constatação da inépcia de nossos representantes em cuidar do bem comum. Os raros "Ruys Barbosa" certamente possuem o mesmo nó na garganta do primeiro.
Pena o célebre Ruy ter esgotado tão magnificamente a questão. Que mais podem os outros acrescentar?
A esperança é serem estes fatos reflexos de uma sociedade jovem e imatura no exercício da cidadania. As mudanças demoram e ocorrem gradativamente. Só o tempo mostrará se as luzes cintilantes dos pequenos sinais de amadurecimento iluminarão os caminhos de nosso país.
Ruy Barbosa não as viu florescerem.
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer as injustiças,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto.".
Em discurso no Senado Federal, no ano de 1914, o então senador Ruy Barbosa proferiu as palavras acima. É cruel constatar que, desde lá, ano após ano, poucas evidências são encontradas em nossa política para contrariá-lo.
Nos últimos meses, as discussões sobre impostos ilustram bem a situação da discussão política em nossa nação.
Nenhuma lei ou projeto é discutido com referência aos benefícios ou influências na vida das pessoas. A última preocupação parece ser o bem-estar dos 'comuns'. Toda discussão gira em torno de agradar a oposição ou combater o governo, como num jogo infantil de disputa de poder.
Ambos os lados sofrem de um encurtamento da visão. A distância mais longa que enxergam é o período da próxima eleição. São incapazes até de ouvir os ecos de outras ações negligentes com o "longo prazo". É sintomática a situação de "correr atrás do prejuízo".
Num mar de eufemismos, metáforas e colocações inadequadas, ficamos com a constatação da inépcia de nossos representantes em cuidar do bem comum. Os raros "Ruys Barbosa" certamente possuem o mesmo nó na garganta do primeiro.
Pena o célebre Ruy ter esgotado tão magnificamente a questão. Que mais podem os outros acrescentar?
A esperança é serem estes fatos reflexos de uma sociedade jovem e imatura no exercício da cidadania. As mudanças demoram e ocorrem gradativamente. Só o tempo mostrará se as luzes cintilantes dos pequenos sinais de amadurecimento iluminarão os caminhos de nosso país.
Ruy Barbosa não as viu florescerem.
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