"Toda unanimidade é burra".
Ser unânime é quase um não ser, ao menos a luz desta frase de Nélson Rodrigues. Adotar a unanimidade cerceia liberdades, garante uma comodidade que estagna qualquer um.
Possivelmente a frase é mais uma bravata, pura e simples, do frasista mais controverso de nossa cultura. Um ícone produtor de desafios e espinhos sociais.
No mínimo, a unanimidade incomoda. Será possível não haver outro ponto de vista, em determinada situação? O tão inquieto ser humano consegue se apresentar tão homogêneo em suas idéias?
A unanimidade é possível com consciência, com o devido cuidado, longe da burrice da simples aceitação, da adoção de uma visão dominante. Essa unanimidade autêntica, sem burrice, é mais rara, complicada e conseqüentemente difícil.
Costumamos fugir da situação de conflito, preferimos a tão falada, e fadada, "zona de conforto". Da zona de confronto buscamos distância, pois dá um trabalho e, em muitas situações, se junta ao desânimo , a suspeita da ineficiência de qualquer reação.
Unânimes ou não, seguimos apenas humanos, demasiadamente humanos, ou "humânimes". Seguimos a corrente, apesar de todo o descontentamento do autor. No mínimo assumimos nossa fraqueza frente ao confrontamento de idéias.
Ironia do destino, ou não, muitos admiradores do grande escritor consideram-no uma unanimidade.
Ser unânime é quase um não ser, ao menos a luz desta frase de Nélson Rodrigues. Adotar a unanimidade cerceia liberdades, garante uma comodidade que estagna qualquer um.
Possivelmente a frase é mais uma bravata, pura e simples, do frasista mais controverso de nossa cultura. Um ícone produtor de desafios e espinhos sociais.
No mínimo, a unanimidade incomoda. Será possível não haver outro ponto de vista, em determinada situação? O tão inquieto ser humano consegue se apresentar tão homogêneo em suas idéias?
A unanimidade é possível com consciência, com o devido cuidado, longe da burrice da simples aceitação, da adoção de uma visão dominante. Essa unanimidade autêntica, sem burrice, é mais rara, complicada e conseqüentemente difícil.
Costumamos fugir da situação de conflito, preferimos a tão falada, e fadada, "zona de conforto". Da zona de confronto buscamos distância, pois dá um trabalho e, em muitas situações, se junta ao desânimo , a suspeita da ineficiência de qualquer reação.
Unânimes ou não, seguimos apenas humanos, demasiadamente humanos, ou "humânimes". Seguimos a corrente, apesar de todo o descontentamento do autor. No mínimo assumimos nossa fraqueza frente ao confrontamento de idéias.
Ironia do destino, ou não, muitos admiradores do grande escritor consideram-no uma unanimidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário