quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Peso

Desconfio da visão termodinâmica de nosso organismo desde muito tempo atrás.

Tal equação, onde calorias que entram, menos calorias que saem, produzem um saldo resultante em peso, destoa do observado em nosso cotidiano.

Antes dessa relação, vale a Lei de Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Como poderia um tigela de açaí, de 200gr, produzir mais aumento do que sua massa? Por um período, comi uma tigela diariamente, à noite, e meu peso não aumentou um grama.

Outra constatação notória é a existência de pessoas carentes, sem uma alimentação razoável, nutricionalmente empobrecida, porém obesas.

Parte dessa lógica de calorias a associação de perda de peso com a atividade física. Só que atividade aumentada gera necessidade de um consumo maior, e ficamos novamente no impasse da contabilidade de calorias. Acabamos supondo influências genéticas, comportamentais, etc.

Um boa explicação foi publicada nesta semana, em diversas revistas (Época, Galileu). O fato é que o assunto é controverso, não existe constatação científica da relação entre exercício físico e perda de peso. É difícil até determinar a origem dessa idéia...

Sua origem é aproximadamente das décadas 60 e 70, a partir de alguns estudos, causadores de impacto na época, mas contestados e inconclusivos até hoje. Um das poucas certezas é a influência da produção de insulina com o acúmulo de gordura. Dessa forma, insulina controlada implica em maior controle de gordura ou sobrepeso.

É mais importante a educação alimentar, a homeostase proporcionada pelo bom comportamento nas refeições e sua periodicidade.

Controvérsias à parte, o exercício físico tem uma série de outros benefícios, cardiovasculares e aeróbicos, por exemplo. Não devemos esquecê-los, ou negligenciá-los, mas adotá-los com serenidade.

Pelo bem-estar e disposição, vamos malhar!

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