"Sua" vida é andar por esse país...
A música não era assim, mas se tivessem conhecido o Urbenauta bem que poderia ganhar uns versos ligeiramente diferentes.
Nem acredito que ele deseje um dia descansar. É feliz por continuar a navegar nas urbis de nosso imenso Brasil, descobrindo os lugares mais inusitados bem ali do lado.
Astronautas viajam pelo espaço. Argonautas singram os mares na nave Argo. Um viajante pelas cidades, consequentemente, é um Urbenauta.
Cidades como São Paulo são propícias para o surgimento de tal espécie. Com suas colossais dimensões, boa parte da população certamente desconhece boa parte da cidade onde mora.
De um canto ao outro é uma coleção de cenários, culturas e rostos completamente distintos. Mosaico multicolorido, expressão mais do que humana em sua extrema concentração. Sou suspeito para continuar descrevendo minha cidade...
Ontem, eu assistia um programa na TV Rá Tim Bum, que tenho um quadro chamado "Expedições do Urbenauta", ou algo assim. Naquele episódio ele ia procurar o último ponto extremo dos limites da cidade, na região Leste.
Os outros três extremos já haviam sido visitados. No caminho deste dia, encontrou diversas pessoas, em áreas pobres de uma cidade tão rica. Um destes habitantes, um senhor de alguma idade, conhece a cidade apenas até o bairro da Penha!
Não faz ideia como são as ruas da metrópole depois de lá. Jamais foi ao centro, ou nem mesmo próximo a ele. Se levarmos em conta que a maior parte dos pontos turísticos, parques, principais prédios públicos estão "do lado de lá", ele praticamente não conhece nada do grande lugar onde mora.
Exclusão provocada pela imensidade, geográfica e econômica. Cidadãos de uma nova versão de cidadania. Enigma para as políticas públicas e sociais, num novo tempo, de infindáveis mares de eleitores, distribuídos num adensamento sem precedentes.
O Urbenauta tem muito ainda a explorar. Viu além para além do simulacro, do desenho do mapa. Pode observar o cantinho mais distante do gigante paulistano. Aos poucos, por imagens e visitas, monta o quebra-cabeças dessa "Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba".
A música não era assim, mas se tivessem conhecido o Urbenauta bem que poderia ganhar uns versos ligeiramente diferentes.
Nem acredito que ele deseje um dia descansar. É feliz por continuar a navegar nas urbis de nosso imenso Brasil, descobrindo os lugares mais inusitados bem ali do lado.
Astronautas viajam pelo espaço. Argonautas singram os mares na nave Argo. Um viajante pelas cidades, consequentemente, é um Urbenauta.
Cidades como São Paulo são propícias para o surgimento de tal espécie. Com suas colossais dimensões, boa parte da população certamente desconhece boa parte da cidade onde mora.
De um canto ao outro é uma coleção de cenários, culturas e rostos completamente distintos. Mosaico multicolorido, expressão mais do que humana em sua extrema concentração. Sou suspeito para continuar descrevendo minha cidade...
Ontem, eu assistia um programa na TV Rá Tim Bum, que tenho um quadro chamado "Expedições do Urbenauta", ou algo assim. Naquele episódio ele ia procurar o último ponto extremo dos limites da cidade, na região Leste.
Os outros três extremos já haviam sido visitados. No caminho deste dia, encontrou diversas pessoas, em áreas pobres de uma cidade tão rica. Um destes habitantes, um senhor de alguma idade, conhece a cidade apenas até o bairro da Penha!
Não faz ideia como são as ruas da metrópole depois de lá. Jamais foi ao centro, ou nem mesmo próximo a ele. Se levarmos em conta que a maior parte dos pontos turísticos, parques, principais prédios públicos estão "do lado de lá", ele praticamente não conhece nada do grande lugar onde mora.
Exclusão provocada pela imensidade, geográfica e econômica. Cidadãos de uma nova versão de cidadania. Enigma para as políticas públicas e sociais, num novo tempo, de infindáveis mares de eleitores, distribuídos num adensamento sem precedentes.
O Urbenauta tem muito ainda a explorar. Viu além para além do simulacro, do desenho do mapa. Pode observar o cantinho mais distante do gigante paulistano. Aos poucos, por imagens e visitas, monta o quebra-cabeças dessa "Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba".
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