sábado, 11 de abril de 2009

Bombeiro

"Quando eu crescer, quero ser bombeiro".

Quantas e quantas crianças não alimentaram o sonho pueril de assumir o papel de combatente do fogo. Misto de veneração e romantismo, perpetuado há muito tempo.

Também seria para menos? De todas as profissões, quantas podemos elencar com as características de altruísmo e dedicação existentes na em questão.

Até são remunerados, mas sabemos que, por melhor que seja, está distante de ser remuneração vultuosa. Possivelmente permite apenas continuar firme em seu propósito de cumprimento do dever.

Tarefa para valentes, dadas as condições do trabalho. Arriscar a própria vida para salvar a de outrem. Haja desprendimento para se engajar em tão nobre missão. Além do árduo preparo para enfrentar seu cotidiano.

Cotidiano de risco e invariavelmente muito calor. Duelo constante com inimigo natural dos mais ancestrais da humanidade. O elemento fogo é ferramenta, diferencial depois de dominado, mas quando se rebela... Exige trabalho estratégico e persistente para seu combate.

Há também os socorros em outras emergências. Enchentes, desmoronamentos, afogamentos, tantos infortúnios em nossa frágil condição física. Mesmo quando sabemos nos defender, às vezes é necessária a intervenção de um anjo inesperado e predestinado.

Anjo que chega a ser solicitado para a pacata tarefa de buscar um gato perdido na copa de uma árvore. Ou capturar um animal selvagem perdido na cidade. Um profissional sempre alerta, pronto a estender a mão para o pronto-auxílio, o pronto-socorro.

Ainda bem que as crianças continuam alimentando seus sonhos. Felizmente muitas delas os carregam pela vida, até se tornaram humildes heróis. Heróis agraciados e gratificados com a recompensa de um muito obrigado pela minha vida. Há melhor pagamento?

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