quinta-feira, 23 de abril de 2009

Chorinho

E por falar em dias comemorativos...

Comemora-se hoje o dia do Choro. Calma, ninguém precisa se acabar em lágrimas, pois estamos falando do estilo musical, mais conhecido no seu diminutivo, o Chorinho.

Aliás, preciso fazer uma correção... Quando mencionei ontem ser dia do Livro, estava equivocado ou confuso. O tal dia é comemorado hoje. Pelo menos tive certeza da confusão gerada pelas várias datas da comemoração literária.

Voltando à música, a comemoração na data de hoje é uma homenagem ao nascimento do músico (para tentar resumir sua diversas habilidades musicais: flautista, saxofonista, compositor, cantor, arranjador e regente) Pixinguinha.

Se ainda fosse vivo, o ilustre representante da música nacional talvez chorasse por ver os estilos contemporâneos existentes na atualidade... Um choro de tristeza pelo empobrecimento cultural, bem diferente de sua alegre e vibrante expressão brasileira de outros tempos.

Quantas pessoas ainda sabem o que é o chorinho? Quantos filhos do novo milênio já tiveram a oportunidade de escutar suas elaboradas melodias? Tão popular e tão acessível, soa simples aos nossos ouvidos. Surpresa descobrir a opinião de profissionais da área a considerá-lo de complexa execução, exigindo do músico muito estudo e técnica, além de pleno domínio do instrumento.

Considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil, conquistou até o grande compositor Villa-Lobos. De todas as suas composições, o ciclo do Choro é considerada a mais significativa! Importância dada ao estilo popular por alguém tão lembrado pela erudição.

A vida mudou tanto daqueles tempos para cá que fico a imaginar como seria a nova versão das rodinhas de choro, pelas esquinas e vilas de uma cidade como São Paulo. Onde em nosso imenso mar de concreto as pessoas poderiam aportar para confraternizar calma e alegremente ao som dos violões, bandolins, cavaquinhos, flautas e pandeiros?

Outros tempos de um Brasil mais singelo, mais fraterno, mais humano. Um dia para tentarmos lembrar as motivações daquelas pessoas, da alma colocada em seus versos. Procurar aprender como é possível transformar choros e chorões em momentos de diversão, confraternização e intensa alegria.

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