São Martinho de Lima, religioso dominicano, foi filho ilegítimo de um nobre espanhol, mas mesmo reconhecido pelo pai, sofreu preconceito na ordem onde decidiu seguir sua vocação.
O principal ‘problema’ de Martinho era ser pobre e mestiço. Essa sua condição lhe permitia apenas servir como doado, algo quase como um escravo e não como frade, lugar mais baixo na hierarquia da Ordem Dominicana.
Aceitou com simplicidade a posição lhe imposta, e além de cuidar de suas obrigações diárias, inerentes a sua posição na ordem, ainda saía às ruas a esmolar, a fim de ajudar os mais necessitados.
Em São Paulo, temos um São Martinho também: a comunidade São Martinho de Lima. Organização filha da cidade, reconhecida por ela, pois é conveniada com a administração pública municipal, socorre seus filhos mais pobres, mas é discriminada pelas instituições oficiais.
Há dois meses fiz menção a tal situação, de certa perseguição. As coisas não melhoraram e parecem até piorar. Na semana passada o tema foi segurança alimentar das refeições no local.
Fiscais vistosos da vigilância sanitária foram averiguar as condições existentes na comunidade. A instituição existe há 18 anos, tem o convênio com a prefeitura há muito tempo. São servidas mais de 650 refeições (mesmo com o convênio municipal apenas para 150) para a população de rua, diariamente, sem nenhuma ocorrência de problemas, além de fornecer orientação e acompanhamento para documentos, trabalho, etc.
O que pode motivar uma investida desta qualidade?
Detalhes ocasionais foram encontrados, comuns a qualquer estabelecimento a lidar com alimentos. Nada grave. As recomendações serão seguidas e os detalhes ajustados. Fora isso, a avaliação foi satisfatória. Qual será o próximo evento nessa ofensiva?
As alvas fiscais recearam um contato mais próximo com as pessoas atendidas no local. Sua ilibada limpeza contrasta com a situação do povo de rua. De qualquer forma, será preferível se alimentar de restos encontrados no lixo da rua, ou da comida preparada com carinho e dedicação das senhoras do bairro?
Ausente o poder público se mostra impossibilitado de atender a todos. Quando a população busca uma iniciativa adequada e satisfatória, o mesmo poder surge para se manifestar contrariamente, com todas as possibilidades. Começamos a ficar sem possibilidades, a não ser confiar na providência divina.
São Martinho, rogai por nós!
O principal ‘problema’ de Martinho era ser pobre e mestiço. Essa sua condição lhe permitia apenas servir como doado, algo quase como um escravo e não como frade, lugar mais baixo na hierarquia da Ordem Dominicana.
Aceitou com simplicidade a posição lhe imposta, e além de cuidar de suas obrigações diárias, inerentes a sua posição na ordem, ainda saía às ruas a esmolar, a fim de ajudar os mais necessitados.
Em São Paulo, temos um São Martinho também: a comunidade São Martinho de Lima. Organização filha da cidade, reconhecida por ela, pois é conveniada com a administração pública municipal, socorre seus filhos mais pobres, mas é discriminada pelas instituições oficiais.
Há dois meses fiz menção a tal situação, de certa perseguição. As coisas não melhoraram e parecem até piorar. Na semana passada o tema foi segurança alimentar das refeições no local.
Fiscais vistosos da vigilância sanitária foram averiguar as condições existentes na comunidade. A instituição existe há 18 anos, tem o convênio com a prefeitura há muito tempo. São servidas mais de 650 refeições (mesmo com o convênio municipal apenas para 150) para a população de rua, diariamente, sem nenhuma ocorrência de problemas, além de fornecer orientação e acompanhamento para documentos, trabalho, etc.
O que pode motivar uma investida desta qualidade?
Detalhes ocasionais foram encontrados, comuns a qualquer estabelecimento a lidar com alimentos. Nada grave. As recomendações serão seguidas e os detalhes ajustados. Fora isso, a avaliação foi satisfatória. Qual será o próximo evento nessa ofensiva?
As alvas fiscais recearam um contato mais próximo com as pessoas atendidas no local. Sua ilibada limpeza contrasta com a situação do povo de rua. De qualquer forma, será preferível se alimentar de restos encontrados no lixo da rua, ou da comida preparada com carinho e dedicação das senhoras do bairro?
Ausente o poder público se mostra impossibilitado de atender a todos. Quando a população busca uma iniciativa adequada e satisfatória, o mesmo poder surge para se manifestar contrariamente, com todas as possibilidades. Começamos a ficar sem possibilidades, a não ser confiar na providência divina.
São Martinho, rogai por nós!
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