sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Agora

Honestamente, os mais próximos sabem da minha sinceridade. Aos menos espero que saibam...

Há alguns poucos anos encarei a brevidade da vida, com o falecimento de pessoas muito próximas: meu pai, meu tio... A proximidade da ocorrência da morte provoca essa confrontação.

Descobri intimamente o sentido do verbo to realize na língua inglesa. Bem direto, um se dar conta, mas sem precisa explicar muito.

Perdemos muitas oportunidades de nos expressar, de dizer o que sentimos, de manifestar o nosso amor. Eu pude perceber a tempo, ou melhor, percebi que não precisava perceber, já manifestava.

Tornar-me consciente deste fato me fez reforçar essa atitude. Passei a não deixar, com mais intensidade, para amanhã.

Planejamos muito, escolhemos muito e acabamos conjugando no futuro. Diversas ações precisam de planejamento, mas a manifestação do amor, principalmente, não.

Em "P.S. Eu te amo" (P.S. I Love You) vemos a representação disso. É um drama romântico, singelo, com alguma pretensão, mas bem 'sessão da tarde'. Hilary Swank, Gerard Butler e Kathy Bates convencem em seus papéis. Apenas convencem, diga-se de passagem. Vale o ingresso, para diversão, como um bom filme vespertino, sem compromissos.

Não quero ser apenas póstumo. Quero ser cotidiano. Na adolescência possuía uma angústia por deixar sempre tudo bem claro. Amadureci. Ao menos parece... Alguns me dizem... :) Aprendi a não forçar a clareza, mas trabalhar para que ela ocorra naturalmente, transcorra.

Surpresas são instrumentos fascinantes. Agrados também. Testamentos para fazê-las são dispensáveis. A herança é transferida diariamente. Já recebi a de muitas pessoas, incrustadas magnificamente em meu ser.

Retribuir é um grande compromisso. Nunca nos achamos à altura. Ainda bem que estamos freqüentemente enganados. Grandes retribuições ocorrem em pequenos gestos. Em grande parte, são gestos mudos, de alma.

A todos, obrigado eternamente pelos tesouros.

P.S.: Amo vocês!

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