
Não faz muito tempo, há alguns poucos anos, todos devem lembrar do caso da escola infantil, injustamente acusada de abuso contra os alunos.
Rapidamente noticiado o problema, em pouco tempo estava a escola falida e seus proprietários ameaçados de diversas formas. Ao final, para quem pode se informar, tudo não passava de pueril fantasia.
O desejo pelo grande furo jornalístico, associado aos direitos de informação e "de expressão", destruiu a vida e a reputação dos donos da escola, sem jamais poderem ser justiçados.
Atualmente, há pouco mais de um mês, observamos o caso do padre Júlio Lancellotti. Envolvido em um caso, vítima de extorsão, viu sua imagem e sua história estampada em diversos meios de comunicação, em meio a uma confusa apresentação de "fatos".
Com a justificativa da imparcialidade, as pessoas contrapuseram, em peso de igualdade, a palavra de um ex-interno, com diversas acusações na justiça, frente a de um padre, defensor de causas humanitárias e dos mais pobres. A imparcialidade eliminou o histórico das pessoas. A palavra deixou te ter valor algum.
É certo que muitas pessoas divergem de posições sócio-políticas do padre Júlio. Vivemos numa democracia, sendo normal a defesa de pontos de vista contrapostos. Inadmissível é utilizar um caso obscuro para denegrir a imagem de um adversário.
Precisamos urgentemente de um rei sábio, tal qual o rei Salomão. Nós necessitamos da racionalidade inspirada e sensata. No episódio em questão, qualquer pessoa tem certeza que o padre Júlio capitularia em favor da criança.
Por enquanto a notícia está esquecida, deixou de ser interessante sua destacada publicação. O tempo, sem dúvida, confirmará a verdade e espero o noticiar pelos mesmos meios de comunicação, em respeito aos verdadeiros direitos de informação e de expressão.
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