terça-feira, 6 de novembro de 2007

Crash

Certos filmes têm o poder de traduzir magistralmente as nossas tragédias do cotidiano.

Pegue uma grande cidade, coloque cidadãos de todas as origens e etnias, some a tudo isso um cotidiano estressante e uma cultura bairrista e violenta.

O resultado é apresentado em Crash - No Limite. Podem esquecer a propaganda com atores e atrizes conhecidos, como Sandra Bullock ou Matt Dillon, todos os personagens tem passagens bem curtas, sendo o mais importante a trama que os envolve e a relação entre eles.

Sabemos que é ficção, mas chegamos a nos perguntar: quão próximos não estaremos da situação descrita no filme? Excluindo-se as coincidências de roteiro, o quanto a nossa sociedade está minada pela intrigas, falta de solidariedade e individualismo?

No filme as histórias de cada um têm suas soluções, boas ou não, e com muita poesia na sua descrição. Em nosso mundo real, conseguiremos dar soluções as nossas situações limites?
Fissuras no tecido social nem sempre são passíveis de conserto. Elas podem desagregar indefinidamente o equilíbrio entre os elementos componentes da sociedade.

Assistir Crash nos faz refletir sobre nossas responsabilidades e as conseqüências de nossas atitudes e omissões. É necessário agir antes de chegarmos ao limite.

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