"Mão na cabeça! Documento!"
A partir de 2009, pelo menos vai ficar mais fácil atender esta ordem. Não existirá mais dúvidas de qual documento está sendo pedido, afinal teremos apenas um.
Seu nome: RIC. Acrônimo de Registro de Identidade Civil, é o novo documento federal que começará a ser implantado neste ano e levará nove anos para ser fornecido a 150 milhões de brasileiros.
Nosso antigo RG, documento de emissão estadual, é um dos campeões em fraude. Nem precisa grande esforço, pois qualquer cidadão comum consegue obter mais de um, solicitando um em cada estado!
Já o novo, produzido com alta tecnologia, a estrutura para viabilizá-lo consumiu 35 milhões de reais lá em 2004, será quase impossível.
Impresso a laser, com chip e uma série de proteções moderníssimas, será capaz de receber todos os números de identificação associados ao cidadão. Um pouco mais de inovações, além das que já vimos nos novos passaportes brasileiros.
Em um único documento teremos CPF, carteira de trabalho, título de eleitor, RG, além de dados trabalhistas, previdenciários ou criminais. A nossa impressão digital estará gravada no chip, permitindo a rápida verificação da propriedade do documento.
Verdade seja dita, nosso governo tem praticado a vanguarda em utilização de meios digitais. Legítimo governo eletrônico, basta olharmos as urnas eletrônicas, os sites governamentais, o Poupatempo, para ficar apenas em alguns itens mais óbvios. Pena nem tudo ser tão avançado em nossa classe política e governamental...
Figuraremos mais uma vez entre os primeiros a inovar numa área. O documento ainda terá foto menor no verso, marcas d'água e sequência de caracteres impressa para verificação, com composição do nome da pessoa. Facilitará muitos processos burocráticos envolvendo identificação.
Vêm vantagens, juntas novas preocupações. Eu já havia aventado em outro post, há cerca de um ano e meio, sobre a possibilidade e os riscos de tamanha concentração de informações de uma única pessoa. Haja centralização!
Ao perder o documento, ninguém poderá utilizá-lo, mas seu usuário ficará sem documento algum! Ou então, imaginem o risco de algum programa malicioso, em uma máquina leitora, coletar os dados de cada cidadão dos cartões utilizados lá.
Há também a necessidade de proteção dos servidores governamentais. Um Fort Knox digital! Pelo menos, imagino... Os hackers passarão a ter um único alvo para atacar e tentar conquistar. Nem adianta os responsáveis fazerem ares de desprezo, pois todos assistimos na mídia a venda de CDs com informações das declarações de imposto de renda, à solta nas mãos de camelôs.
De qualquer forma, fazer o quê, né? Se queremos evolução e facilidade, temos que pagar um preço, nem que seja a onda de preocupação. Com o tempo passa... Quem não lembra do medo que as pessoas tinham de comprar e usar bancos pela Internet? Para a grande maioria isso já é coisa do passado.
Agora é só esperar para receber o seu e esperar que tudo certo. Com tamanha unificação, os sonhos ficcionistas chegam mais perto, nos rondam. Talvez na próxima versão, o chip possa ser implantado embaixo da pele, para facilitar transporte e acondicionamento. Serei assim um soldado do futuro ou uma rês, simplesmente marcada? :)
A partir de 2009, pelo menos vai ficar mais fácil atender esta ordem. Não existirá mais dúvidas de qual documento está sendo pedido, afinal teremos apenas um.
Seu nome: RIC. Acrônimo de Registro de Identidade Civil, é o novo documento federal que começará a ser implantado neste ano e levará nove anos para ser fornecido a 150 milhões de brasileiros.
Nosso antigo RG, documento de emissão estadual, é um dos campeões em fraude. Nem precisa grande esforço, pois qualquer cidadão comum consegue obter mais de um, solicitando um em cada estado!
Já o novo, produzido com alta tecnologia, a estrutura para viabilizá-lo consumiu 35 milhões de reais lá em 2004, será quase impossível.
Impresso a laser, com chip e uma série de proteções moderníssimas, será capaz de receber todos os números de identificação associados ao cidadão. Um pouco mais de inovações, além das que já vimos nos novos passaportes brasileiros.
Em um único documento teremos CPF, carteira de trabalho, título de eleitor, RG, além de dados trabalhistas, previdenciários ou criminais. A nossa impressão digital estará gravada no chip, permitindo a rápida verificação da propriedade do documento.
Verdade seja dita, nosso governo tem praticado a vanguarda em utilização de meios digitais. Legítimo governo eletrônico, basta olharmos as urnas eletrônicas, os sites governamentais, o Poupatempo, para ficar apenas em alguns itens mais óbvios. Pena nem tudo ser tão avançado em nossa classe política e governamental...
Figuraremos mais uma vez entre os primeiros a inovar numa área. O documento ainda terá foto menor no verso, marcas d'água e sequência de caracteres impressa para verificação, com composição do nome da pessoa. Facilitará muitos processos burocráticos envolvendo identificação.
Vêm vantagens, juntas novas preocupações. Eu já havia aventado em outro post, há cerca de um ano e meio, sobre a possibilidade e os riscos de tamanha concentração de informações de uma única pessoa. Haja centralização!
Ao perder o documento, ninguém poderá utilizá-lo, mas seu usuário ficará sem documento algum! Ou então, imaginem o risco de algum programa malicioso, em uma máquina leitora, coletar os dados de cada cidadão dos cartões utilizados lá.
Há também a necessidade de proteção dos servidores governamentais. Um Fort Knox digital! Pelo menos, imagino... Os hackers passarão a ter um único alvo para atacar e tentar conquistar. Nem adianta os responsáveis fazerem ares de desprezo, pois todos assistimos na mídia a venda de CDs com informações das declarações de imposto de renda, à solta nas mãos de camelôs.
De qualquer forma, fazer o quê, né? Se queremos evolução e facilidade, temos que pagar um preço, nem que seja a onda de preocupação. Com o tempo passa... Quem não lembra do medo que as pessoas tinham de comprar e usar bancos pela Internet? Para a grande maioria isso já é coisa do passado.
Agora é só esperar para receber o seu e esperar que tudo certo. Com tamanha unificação, os sonhos ficcionistas chegam mais perto, nos rondam. Talvez na próxima versão, o chip possa ser implantado embaixo da pele, para facilitar transporte e acondicionamento. Serei assim um soldado do futuro ou uma rês, simplesmente marcada? :)
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