"Deixa eu ver se foto ficou boa?".
Câmera digital, monitor de LCD? Que nada! Apesar de poder se encaixar na situação, a frase acima já era usada muito antes das imagens serem transformadas em bits.
Pois é, ainda em tempos de fotografia no papel, o desejo de consumo de muitas pessoas foi uma câmera Polaroid. Por um tempo, privilégio para poucos.
Para quem nem conheceu, este tipo de câmera era um pouco trambolhona, com ares um tanto fakes por causa de seu corpo em material plástico.
Só que parecia mágica! Bastava apontar, enquadrar e pronto. A traquitana cuspia uma folha de papel fotográfico, ainda com algumas sombras, que demorava um certo tempo para apresentar a imagem final.
Ritual comum de ficar abanando aquela folhinha, à espera do processo se completar. Se levássemos em conta os segundos, ou minutos, para ocorrer a revelação, seria difícil justificar o adjetivo instantânea.
O fato é que funcionava. Duro mesmo era manter os insumos para realizar essa maravilha tecnológica. Conheço uma pessoa que ganhou uma da avó. Os pais logo cobram o complemento do presente de grego: um suplemento periódico de suprimentos.
Marcou época e lembranças. Nem sei se as fotos duraram tanto quanto as recordações. Já ouvi pessoas reclamarem da perda destes registros, apesar de que mesmo em fotos convencionais, dependendo do processo de revelação e ampliação, as perdas também ocorriam.
Águas passaram, eras tecnológicas transcorreram e o ícone chegou ao fim. Desde o ano passado, está anunciado o fim da produção dos filmes para as tais máquinas. Fim certeiro de uma história de pouco mais de 60 anos.
Porém, sempre há os saudosistas. Alguns têm dinheiro. Três fãs endinheirados da máquina, contrataram nove ex-funcionários, compraram e reassumiram a ideia da empresa. Prometem a reativação da fábrica em 2010, de acordo com seu projeto batizado de "Missão Impossível".
Caso específico num universo de constantes inovações e busca insana por cada vez mais megapixels. Tarefa hercúlea, com grandes chances de insucesso. Seja como for, é interessante assistir estes sinais de retomada, de tentativa de preservação, de alguns verdadeiros heróis da resistência.
Câmera digital, monitor de LCD? Que nada! Apesar de poder se encaixar na situação, a frase acima já era usada muito antes das imagens serem transformadas em bits.
Pois é, ainda em tempos de fotografia no papel, o desejo de consumo de muitas pessoas foi uma câmera Polaroid. Por um tempo, privilégio para poucos.
Para quem nem conheceu, este tipo de câmera era um pouco trambolhona, com ares um tanto fakes por causa de seu corpo em material plástico.
Só que parecia mágica! Bastava apontar, enquadrar e pronto. A traquitana cuspia uma folha de papel fotográfico, ainda com algumas sombras, que demorava um certo tempo para apresentar a imagem final.
Ritual comum de ficar abanando aquela folhinha, à espera do processo se completar. Se levássemos em conta os segundos, ou minutos, para ocorrer a revelação, seria difícil justificar o adjetivo instantânea.
O fato é que funcionava. Duro mesmo era manter os insumos para realizar essa maravilha tecnológica. Conheço uma pessoa que ganhou uma da avó. Os pais logo cobram o complemento do presente de grego: um suplemento periódico de suprimentos.
Marcou época e lembranças. Nem sei se as fotos duraram tanto quanto as recordações. Já ouvi pessoas reclamarem da perda destes registros, apesar de que mesmo em fotos convencionais, dependendo do processo de revelação e ampliação, as perdas também ocorriam.
Águas passaram, eras tecnológicas transcorreram e o ícone chegou ao fim. Desde o ano passado, está anunciado o fim da produção dos filmes para as tais máquinas. Fim certeiro de uma história de pouco mais de 60 anos.
Porém, sempre há os saudosistas. Alguns têm dinheiro. Três fãs endinheirados da máquina, contrataram nove ex-funcionários, compraram e reassumiram a ideia da empresa. Prometem a reativação da fábrica em 2010, de acordo com seu projeto batizado de "Missão Impossível".
Caso específico num universo de constantes inovações e busca insana por cada vez mais megapixels. Tarefa hercúlea, com grandes chances de insucesso. Seja como for, é interessante assistir estes sinais de retomada, de tentativa de preservação, de alguns verdadeiros heróis da resistência.
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