sábado, 21 de fevereiro de 2009

Nash

"O coração tem razões que própria razão desconhece."

Esta semana, assisti novamente uma parte do filme "Uma Mente Brilhante". Já o assisti completo, mas volta e meia pego um pedacinho na TV a cabo e sempre acabo fisgado pelo enredo.

John Nash, protagonista da história, deveria dispensar apresentações, afinal transformou inúmeras áreas do conhecimento com suas teorias matemáticas.

Da economia à ciência básica, suas contribuições relativas à Teoria dos Jogos lhe valeram o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel (que não é exatamente o Prêmio Nobel, diga-se de passagem).

Tamanho reconhecimento se deve a sua destacada genialidade. Porém, apesar de tamanha habilidade matemática, ele é vítima da esquizofrenia desde 1958. Será que as anormalidades acometem uma pessoa em qualquer direção, para o bem e para o mal, na mesma intensidade?

Todos nós guardamos nossa parcela de loucura. O superlativo presente na pessoa de Nash parece ter se revelado também na doença. Tratado e internado em hospitais psiquiátricos, por praticamente mais de uma década, conseguiu vencer o inimigo abandonando os tratamentos convencionais.

Em princípio, usando somente sua capacidade análitica e habilidade mental, trabalhou sozinho suas alucinações. Paulatinamente soube lidar com elas, acabando por conseguir ignorá-las, apesar de continuarem presentes, a lhe "observar".

Seu discurso no recebimento do prêmio, apresentado no filme, faz homenagem a contribuição de sua esposa no caminho de sua recuperação. Atribui a ela importância direta no fortalecimento para enfrentar os desvios de sua mente.

Procurei na Internet o texto original, para comprovar tal menção direta. Mesmo sem encontrar, podemos observar através da história de seu relacionamento, em biografias e autobiografias, com idas e vindas na união matrimonial, que é fortemente provável a influência existente.

Ou seja, muito além do potencial de sua genialidade, o poder do amor foi fator determinante para seu sucesso. Por parte dela em aceitá-lo, em diversos momentos, nas mais adversas situações. Dele por insistir, por buscar a felicidade de sua família. A história talvez tenha sido romantizada, mas a mensagem é universal: como o amor constrói!

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