domingo, 8 de fevereiro de 2009

Castigo

Nem tudo são flores...

Vivemos, amadurecemos e aprendemos paulatinamente essa máxima. A vida tem as duas faces, inexoráveis, com alegrias e tristezas, prazeres e dores, sucessos e insucessos. Simplesmente é assim.

Desde imemoráveis tempos, atribuímos tais casualidades a algum poder maior, controlador dos destinos de todos. Os gregos veneravam seus deuses do Olimpo. Seres onipotentes a brincar com as formiguinhas aqui embaixo.

Religiosos e religiões pelo mundo e pelos tempos associam as agruras da vida a toda sorte de castigos recebidos por nossos erros, ou de nossos ancestrais.

Pensadores da sociedade e do mundo atribuem parte dos males a injustiças e causas humanas. Frutos da cadeia de eventos motores da enorme engrenagem do mundo.

Em verdade, o que menos há é mérito, ou demérito. Qualquer um está sujeito às circunstâncias da existência. A velha sabedoria já diria que para morrer basta estar vivo. É fato.

Ninguém deseja viver dissabores. Batalhamos por toda nossa história para fugir dos males que podem nos afligir. Da segurança do cotidiano à busca pela saúde, reforçamos o buscar constante do bem maior, da felicidade suprema e inconstante.

Busca infrutífera. A inevitável sina exclui escapatórias. Devemos aprofundar nossa consciência e compreender o descompromissado fluir da vida. Ou alguém ainda crê num deus vingador? Quem sabe no complô de maldades dos poderosos do planeta? Precisamos lembrar que as coisas ruins são apenas uma possibilidade...

Questão de foco. As angústias pela fuga do irrecusável destino se intensificam por pensarmos apenas com pessimismo. Se não há saída, valorizemos e vivamos intensamente as coisas boas. Com serenidade, saberemos apreciar a beleza dos desígnios da energia vibrante do existir. Seja qual for nosso caminho...

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