Qual o alcance da evolução?
Tal como formulada por Darwin, a evolução guia a perpetuação de modificações ocasionais nas espécies, as quais propiciam melhores condições de adaptação ao meio ambiente.
Sendo assim, peixes conseguem sobreviver embaixo d'água, pássaros voam, antílopes correm velozmente, leões são ferozes e grandes caçadores, apenas porque no caminho trilhado foram bem-sucedidos.
Ao procurar a origem das espécies, o cientista inglês acabou encontrando parentescos nossos, a nos aproximar de outras primatas, com quem provavelmente guardamos algum ancestral comum.
Porém, curiosamente somos bem frágeis do ponto de vista físico, frente à grande maioria dos animais no planeta. Apesar da fragilidade, dominamos o meio ambiente e o submetemos ao ponto de desequilibrá-lo.
O que teria nos dado tamanho diferencial? Ao atingir os limites de nossa capacidade física, desenvolvemos um mecanismo evolutivo sem igual: a cultura.
Ler o livro "Cultura - Um conceito antropológico", do professor Roque de Barros Laraia, nos permite entender parte deste desenvolvimento e suas consequências.
Conseguimos suplantar nossas limitações com uma característica aprimorada e transmissível por gerações, bem diferente das qualidades adquiridas pela genética, em toda a natureza.
Um pássaro praticamente já nasce equipado com seu canto. Significados, representações, são repetidas por todos os elementos de sua espécie. Estratégias de predadores se mostram similares. Filhotes destes desde a infância brincam e reproduzem estes mecanismos, obtidos a custa de milhares de gerações.
Nós, cada indivíduo de nosso grupo, conseguimos recriar e inovar, aprimorando ou não, para em seguida transmitir aos outros. Nossa última evolução é uma propriedade do conjunto aliada a capacidade individual. Dom estranhamente distinto e peculiar.
Por outro lado, vivemos em nossa história um acúmulo de conhecimento que parece desconhecer limites. Sobrepomos ideias e técnicas, criando um bolo de informação sempre crescente e interdependente. Patrimônio perene e incalculável.
As crianças precisam começar o aprendizado cada vez mais cedo, para estarem aptos a utilizar as últimas tecnologias disponíveis em sua contemporaneidade. Por quanto tempo poderá durar o ciclo de reprodução da cultura, de forma prática e plausível?
E se, um dia, chegarmos aos limites de tempo hábil e capacidade neural para assimilarmos o conhecimento acumulado pela civilização? Novos indivíduos não conseguiriam usufruir da herança cultural e nem muitos menos repassá-la... Então, para onde caminharia nossa próxima etapa evolutiva?
Tal como formulada por Darwin, a evolução guia a perpetuação de modificações ocasionais nas espécies, as quais propiciam melhores condições de adaptação ao meio ambiente.
Sendo assim, peixes conseguem sobreviver embaixo d'água, pássaros voam, antílopes correm velozmente, leões são ferozes e grandes caçadores, apenas porque no caminho trilhado foram bem-sucedidos.
Ao procurar a origem das espécies, o cientista inglês acabou encontrando parentescos nossos, a nos aproximar de outras primatas, com quem provavelmente guardamos algum ancestral comum.
Porém, curiosamente somos bem frágeis do ponto de vista físico, frente à grande maioria dos animais no planeta. Apesar da fragilidade, dominamos o meio ambiente e o submetemos ao ponto de desequilibrá-lo.
O que teria nos dado tamanho diferencial? Ao atingir os limites de nossa capacidade física, desenvolvemos um mecanismo evolutivo sem igual: a cultura.
Ler o livro "Cultura - Um conceito antropológico", do professor Roque de Barros Laraia, nos permite entender parte deste desenvolvimento e suas consequências.
Conseguimos suplantar nossas limitações com uma característica aprimorada e transmissível por gerações, bem diferente das qualidades adquiridas pela genética, em toda a natureza.
Um pássaro praticamente já nasce equipado com seu canto. Significados, representações, são repetidas por todos os elementos de sua espécie. Estratégias de predadores se mostram similares. Filhotes destes desde a infância brincam e reproduzem estes mecanismos, obtidos a custa de milhares de gerações.
Nós, cada indivíduo de nosso grupo, conseguimos recriar e inovar, aprimorando ou não, para em seguida transmitir aos outros. Nossa última evolução é uma propriedade do conjunto aliada a capacidade individual. Dom estranhamente distinto e peculiar.
Por outro lado, vivemos em nossa história um acúmulo de conhecimento que parece desconhecer limites. Sobrepomos ideias e técnicas, criando um bolo de informação sempre crescente e interdependente. Patrimônio perene e incalculável.
As crianças precisam começar o aprendizado cada vez mais cedo, para estarem aptos a utilizar as últimas tecnologias disponíveis em sua contemporaneidade. Por quanto tempo poderá durar o ciclo de reprodução da cultura, de forma prática e plausível?
E se, um dia, chegarmos aos limites de tempo hábil e capacidade neural para assimilarmos o conhecimento acumulado pela civilização? Novos indivíduos não conseguiriam usufruir da herança cultural e nem muitos menos repassá-la... Então, para onde caminharia nossa próxima etapa evolutiva?
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